Créditos da imagem: esportes.R7
Há mais de um ano estamos em meio a uma grande debandada de jogadores brasileiros para centros menores – entre os quais se destaca a China – que inclui até mesmo alguns que vinham tendo lugar cativo na Seleção Brasileira, como Diego Tardelli, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Gil e Renato Augusto.
Se por muito tempo incentivamos os nossos jogadores a irem jogar fora do país, incutindo em profissionais e torcedores a noção de que se tratava sempre de uma “promoção” (mesmo quando deixavam verdadeiros gigantes do futebol mundial – como são os maiores clubes brasileiros – e embarcassem em clubes medianos da Europa), premiando-os com preferência nas convocações à Seleção e tratando-os necessariamente como jogadores mais gabaritados, hoje sofremos com a falta de qualquer apego dos jogadores aos nossos clubes, de modo que saem para jogar em outros lugares mesmo que isso signifique o abandono da carreira de alto rendimento.
Para ilustrar, a Argentina não sofre com perda de jogadores para “mercados” (engraçado como naturalizamos esse termo quando falamos de “ligas”) como China e Catar. Muita gente têm dito esses tempos que “o que a China está fazendo com o Brasil, o Brasil está fazendo com a Argentina” sobre contratarmos muitos jogadores que atuam no país vizinho, mas tem uma diferença fundamental ocultada nesse raciocínio: quando um atleta sai da Argentina para o Brasil, ele se mantém num centro de alto nível futebolístico, pesando aí a questão salarial, exatamente como quando um jogador brasileiro vai para a Europa. Mas o hermano que vem atuar aqui, não abre mão da sua ambição profissional, como evidenciado pelas constantes convocações de Tévez, Mascherano, Barcos e Montillo para a seleção alvicelente enquanto defendiam clubes brasucas.
Enquanto os argentinos que não são cobiçados por clubes europeus buscam ganhar mais dinheiro em ligas competitivas como a brasileira e a mexicana, nós perdermos os melhores jogadores dos três últimos Brasileirões para locais que significam a desistência (ao menos momentânea) de todos os sonhos profissionais que um futebolista pode ter. Marcar o gol do título de uma torcida apaixonada, defender uma das principais seleções do mundo, fazer história num clube de tradição, vestir a camisa de algum monstro sagrado do passado, disputar uma Copa do Mundo pelo seu país…
Por isso valorizo o que fez Lucas Lima. Porque absurdamente ele é a exceção, e não a regra: negou propostas milionárias para centros menores (e aí está incluso até mesmo o Porto, de Portugal) e se comprometeu totalmente com seu potencial e sua carreira. Isso revela uma fome de fazer coisas grandes, e uma confiança de que é digno da responsabilidade de atuar nos principais clubes e ligas do mundo (incluindo aí o Santos), além de um reconhecimento à oportunidade que tem de se firmar como o maestro da maior seleção de futebol do mundo. Confesso que torço para isso e acho que ele tem a faca e o queijo na mão.
Tenho certeza que essa escolha seria aprovada pelo garoto que ele já foi e que sonhava ser jogador um dia.
Perfeito! O sucesso dele pode representar um ganho representativo para o nosso futebol. Que Lucas Lima se consolide como o melhor jogador do país atuando no Brasil e como o cérebro da Seleção Brasileira (independentemente de qualquer coisa, penso que ele é mesmo o melhor nome para a posição). Dessa forma, o maestro santista vai conseguir provar que apostar no sonho e na carreira valeu a pena. E assim pode se tornar uma referência, um caso emblemático para que outros sigam o seu exemplo. 😉
Por mais Lucas Limas e menos Robinhos!!!
D’alessandro
Exemplo bom,,,,diferente do Robinho,, que a cada ano a torcida do Santos toma + antipatia,,, vaitomanuku Robinho.
Lucas féra lima,joga muito!!