Créditos da imagem: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
Tite é um exemplo raro em que o técnico se torna o grande ídolo de um clube de massas. Raramente, se viu isso no futebol brasileiro. Até Telê, membro de honra na galeria dos heróis são-paulinos, dividiu espaço com Raí e Muller em seus tempos áureos no Morumbi. Saiu por problemas de saúde, mas já tinha uma sucessão pavimentada com o então auxiliar Muricy, que mesmo assim levou um bom tempo para se efetivar.
No Corinthians, porém, não existe um nome natural a ser promovido. A diretoria, então, se vê forçada a buscar uma solução no mercado. E recebe respostas negativas. Roger tem o cockpit do Grêmio moldado com suas medidas. Prata da casa, consegue até sobreviver a eliminações sem estar ameaçado. Não tem nada a ganhar trocando seu lugar natural pelo desafio do Corinthians. Sylvinho prefere, com razão, terminar sua preparação na Europa. Fernando Diniz e Eduardo Batista sabem que o salto para o Corinthians neste momento é um passo arriscado demais. Precavidos, optaram por esperar o tempo dar o momento ideal para tamanho passo.
Substituir Tite não é fácil. A saída do maior vencedor da história do Corinthians joga uma responsabilidade enorme sobre o seu sucessor. Guardadas as devidas proporções, seria como pegar a 9 da Seleção depois de Ronaldo Fenômeno. Ou a 10 do Santos depois de Pelé. No primeiro caso, ainda não tivemos o centroavante que nos faça esquecer o Fenômeno. No segundo, nunca mais houve alguém como o Rei.
Não que Tite tenha o mesmo brilho que o Pelé, atleta mais consagrado na história do futebol. Mas no consumo interno do clube, no dia-a-dia com jogadores, imprensa e torcida, Tite tem a aura de idolatria. Tanto que está na quarta remontagem do time e conta com apoio de todos. A primeira foi no pós-Tolima, com a saída de Ronaldo e Roberto Carlos, entre outros. A segunda, em 2013, no pós-Mundial. A terceira em 2015, com as saídas de Guerrero, Sheik, Fábio Santos, entre outros, e a montagem do time do hexa. Agora, estava no desafio imposto pelo ataque dos gafanhotos chineses. Tite estava no meio do trabalho. Não tinha ainda um time formado, perdeu o Paulista e a Libertadores, mas tinha crédito para iniciar a montagem da atual equipe, que não empolga, mas estava na ponta até a chegada do convite para a Seleção.
A barra no Corinthians pesa mais. A torcida está mal acostumada por causa dos títulos recentes. A diretoria abre as portas do CT para cobrança de torcedores. Todos os jogos do time têm transmissão da TV, estádio lotado, batalhão de repórteres e cobranças fortes. Se for bem, o técnico se consagra. Se for mal, afunda sob todos os holofotes. Não é fácil aceitar o convite para tamanho desafio.
Acho que o Corinthians deveria optar por uma solução combinada e gradual. Para o principal, trazer um técnico cascudo, com couro experiente para as pancadas. Abel, Parreira, Oswaldo Oliveira não são os nomes prediletos do torcedor, mas têm condições de suportar eventual mau tempo e levar o time a um porto seguro. As promessas, como Sylvinho e Fernando Diniz, poderiam começar por baixo, no comando das categorias de base, se preparando para um passo maior no futuro.
O importante não é só resolver o Brasileiro de 2016. É preciso também iniciar um trabalho de base que, amadurecido, assuma a equipe principal e proporcione mais um bom tempo de time competitivo.
Como de costume, concordo totalmente, Emerson Figueiredo! O problema é com essas recusas, está complicado pensar em um técnico sequer para agora, quem dirá para o futuro.
Não sei se seria possível, mas dado o cenário atual, um nome eu acho que seria ótimo é o do Carlos Bianchi.
Se puder ser o Carlos Bianchi, estaremos bem. Mas ja estão falando até em Leão.
Very interesting points you have remarked, thanks for putting up.Blog monry
Explore the ranked best online casinos of 2025. Compare bonuses, game selections, and trustworthiness of top platforms for secure and rewarding gameplaycasino activities.