Créditos da imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O Corinthians está uma draga.
Sem padrão de jogo, sem criatividade, sem transição entre zaga e ataque e, pior, sem o famoso sistema defensivo que consagrou a equipe durante esta década mágica de tantos e tantos títulos.
Enquanto Pedro Henrique demonstra em campo que não está à altura do último campeão brasileiro, Loss faz o mesmo no banco ao errar repetidamente em uma aposta que só deu certo três vezes – e por puríssimo acaso.
Se a crítica no começo do trabalho era de que não havia um centroavante no time, após a contusão de Jonathas, contratado para suprir essa carência, Loss acreditou que Romero faria esta função, iludido pela fase do paraguaio que teve mais gols que jogos contra Cruzeiro, Vasco e Chapecoense no imediato pós-Copa do Mundo.
No entanto, o treinador foi incapaz de perceber que era apenas um devaneio e que Romero jamais teria a capacidade de ser o dono do comando ofensivo do Corinthians. Insistiu no jogador mesmo com a volta do verdadeiro camisa nove, com boas passagens por alguns clubes na Europa, e com derrotas sofríveis para Colo-Colo e Grêmio.
Mas eis que, sem merecer, Loss recebe mais uma chance de enfim endireitar o seu trabalho. Com Romero expulso no último jogo contra o Fluminense, não tem escolhas a não ser iniciar o jogo com um centroavante de verdade, não um falso 9 – no pior sentido -, como é o paraguaio.
Às vésperas do jogo decisivo pela Libertadores, o Corinthians enfrenta o lanterna do Brasileirão em casa para, quem sabe, elevar um pouquinho o moral e fazer Loss entender de uma vez por todas que com Romero de centroavante não dá.
NÃO
DÁ.
Era ilusão, utopia, falta de tino.
Talvez Loss jamais perceberia isso, não fosse o cartão vermelho de quarta-feira.
“Mais sorte que juízo”, dirá o crítico torcedor.