Créditos da imagem: Djalma Vassão/Gazeta Press
Jogador que gerou a maior receita para um clube em toda a história do futebol na América Latina tem que cobrar de si próprio uma evolução constante
Basta um toque na bola para qualquer um que acompanha minimamente futebol ver aquilo que o Real Madrid rapidamente viu: Rodrygo é especial, potencialmente um craque.
Vendido por incríveis 45 milhões de euros (incríveis para nós, brasileiros, pois para o Real Madrid referido valor é bastante factível e “OK” para uma aposta), o atacante foi, aos 17 anos e dois meses, o jogador mais jovem da história a marcar um gol pela Libertadores da América, mais tradicional competição sul-americana de futebol.
Ainda “oscilante”, Rodrygo conseguiu, em um curtíssimo espaço de tempo, tornar-se o principal nome do Santos, para logo depois “visitar” o banco de reservas e, hoje, ter de conviver com elogios e críticas sobre a sua capacidade (depois do gol perdido contra o São Paulo, na partida de ontem, não demorou para o questionamento craque ou “não é tudo isso”? – que deve acompanha-lo por grande parte de sua carreira – virar um trending topic entre alguns analistas “pra lá” de imediatistas).
Rodrygo deve ter a cabeça no lugar e a consciência de que o nível de suas atuações oscilará.
N-O-R-M-A-L.
Mas não menos importante é que ele não se permita “deitar em berço esplêndido” e se colocar eternamente como um menino que pode errar impunemente, sob pena de “parar no tempo”.
De maneira que seria bacana ver Rodrygo ficar genuinamente incomodado com o tal gol perdido e que provavelmente teria dados os três pontos para o seu time.
Mais ou menos como fazem os ícones da atual geração do tênis – Federer, Nadal e Djokovic – na eterna busca pela excelência.
Note que os admiráveis tenistas estão a todo tempo se cobrando e se questionando nas quadras (há lances em que até xingam a si próprios, tamanha indignação/frustração com os próprios erros).
Em outras palavras, penso que Rodrygo deve se cobrar incessantemente para atingir um nível cada vez mais alto, a fim de que o seu potencial vá, aos poucos, transformando-se em realidade.
Pois a realidade do promissor “Menino da Vila” será dura a partir da metade do ano que vem, em meio às estrelas da “seleção mundial” do Real Madrid.
E segue o jogo.
Excelente artigo!