Créditos da imagem: Jorge William
O primeiro Clássico dos Milhões de 2016 reserva um ingrediente raro e especial: o Vasco, mandante do jogo, receberá o Flamengo em São Januário. A preocupação dos dirigentes rubro-negros com a segurança do estádio é justa, embasada inclusive por recomendações da Polícia Militar e do Ministério Público. Nada muito diferente de outros estádios e parques esportivos Brasil afora, diga-se de passagem. O problema em si não é somente o estádio, mas também o histórico de confronto entre os meliantes travestidos de torcedores organizados de ambos os clubes.
Fato é que a segurança deve ser reforçada e o esquema de saída e entrada dos torcedores, principalmente dos 10% dos visitantes, precisa ser bem pensado, já que São Januário é um estádio muito antigo, de acessos estreitos e praticamente uma armadilha para os de fora.
Vasco e poder público precisam chegar a um consenso nesse quesito por uma simples razão: o Gigante da Colina tem o direito de jogar em seu estádio.
Raramente o Cruzmaltino fez questão de ser assim, afinal, até seus torcedores gostam da facilidade de irem ao Maracanã – além, claro, da plasticidade do ex-Maior do Mundo abrigar as torcidas dos dois rivais, dividindo as antigas arquibancadas.
Mas na atípica situação do Rio de Janeiro não ter nem o Maracanã nem o Engenhão – fechados para as Olimpíadas -, nada mais justo que o Vasco exercer esse direito. Sou a favor, sempre, de quem tem casa usar a sua, desde que tenha condições para isso.
Basta, então, Vasco, Polícia Militar, Bombeiros e Ministério Público sentarem e alinharem como será cada passo desde a recepção de torcedores e jogadores à saída do estádio. Não é simples pois requer, além de muita boa vontade, capacidade técnica. Espera-se que instituições desse tamanho tenham ambos os requisitos.
Dentro de campo, jogar onde treina e com a imensa maioria da torcida pode fazer a diferença para o Vasco manter o tabu recente de não perder para o rival. Bem como uma vitória na Colina poderá ser histórica para o novo Flamengo de Muricy. Ou seja, ingredientes que fazem parte do futebol.
Que a polêmica seja apenas restrita ao futebol. E que fora de campo, Vasco e Polícia Militar garantam a segurança daqueles que querem apenas assistir a um dos maiores clássicos do mundo, em um dos estádios mais históricos do Brasil.
Continuo adorando isso de os clássicos no Rio serem “sem mando”, mas de vez em quando eu sempre acho bom quebrar tabu. E gostei especialmente desta parte, em que você chama a atenção para raridade da situação, que ajuda a despertar um interesse maior 😉
“para o Vasco manter o tabu recente de não perder para o rival. Bem como uma vitória na Colina poderá ser histórica para o novo Flamengo de Muricy. Ou seja, ingredientes que fazem parte do futebol.”
Falou tudo, concordo plenamente!
Hoje vai da Flamengo.
Sim, mas com responsabilidade. É de una insanidade Monstra por um jogo desses em um estádio pequeno, de difícil acesso e. Im os nervos a flor da pele. Mas quem se importa? Torcedor como qualquer ser desse país é tratado como mercadoria. Se houver mortes hoje, serão apenas mais uma para estatísticas desse falido estado.
Campeão !!!
Uma vez Flamengo sempre Flamengo.
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