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Mais uma quarta-feira de muito futebol, e dos bons. Champions League, Libertadores, e escondidinha ali, em segundo plano, a Copa do Brasil.
Mais um dia em que o futebol mostra o quão caprichoso é. Os quatro principais eliminados de ontem entraram na temporada mais badalados pela imprensa e pela opinião pública do que seus rivais. Um volta pra casa de cabeça erguida e um com a certeza de que precisa de mudanças. Dois amargam eliminações melancólicas.
O Atlético Mineiro é o que saiu com moral. Fez grande disputa contra o Internacional, uma das maiores entre brasileiros numa Libertadores. Se faltou a emoção que o Galo costuma proporcionar nos finais de seus confrontos, foi por culpa de Dátolo, que entregou a tampa do caixão para Lisandro López quando o Atlético ameaçava levar o jogo para os pênaltis.
No começo do ano, apesar da perda de Diego Tardelli, o time de Levir poderia ser considerado “mais favorito” que o de Aguirre. Entretanto, a disputa foi parelha e muito agradável para quem pôde assistir. Caiu o Galo, mas forte e vingador, tem plenas condições de se levantar.
No outro confronto envolvendo mineiros, o Cruzeiro fez o que o São Paulo já havia feito no primeiro jogo. O roteiro foi bem parecido: o mandante ficou em cima, martelando até conseguir um gol; o time de fora tinha algum espaço, mas não sabia aproveitar. A conclusão só poderia ser numa disputa de pênaltis, que também foi equilibrada, com direito a virada a favor dos bicampeões brasileiros.
O badalado elenco tricolor também começou o ano “mais favorito” que o time celeste, que está se remontando. Mas na hora do confronto, também houve equivalência entre eles. Com problemas desde o início da temporada, ambos terão de melhorar para seguir seus caminhos. Ao São Paulo, certamente caberá uma mudança, começando por definir seu treinador. Será a primeira medida saber se seu elenco, caro, terá sido superestimado.
Um que certamente sai abatido é o Corinthians. Não fez absolutamente nada para conseguir a classificação. Quando trouxe Tite de volta e manteve um elenco valioso, a ideia de seus dirigentes não era cair nas oitavas da Libertadores. Muito menos para o Guaraní do Paraguai, time de pretensões medianas até dentro do próprio país vizinho. Talvez a “comemoração” por ter fugido dos principais rivais e o “desprezo” pelo Paulistão tenham sido combustíveis para a eliminação corintiana. A tese mais factível, porém, é a vertiginosa queda do “time de Champions” do começo do ano.
Mais: o Corinthians parece viver uma crise financeira até maior do que se mostra. Se em campo não faltou disposição por parte dos jogadores, pelo contrário, talvez na hora do treinamento não haja o mesmo comprometimento. O certo é que o Corinthians não passou nem perto daquele bem treinado time de Tite. O potencial para conquistar o Brasileirão existe e já foi mostrado, mas para ser lapidado, parece que serão necessários alguns ajustes. Talvez o principal deles seja o econômico.
Por fim, outro badalado voltará para a casa com o rabo entre as pernas, esse, sem problemas com dinheiro. O Real Madrid, que já vinha mostrando ser nem sombra do campeão europeu do ano passado, não conseguiu se impor contra a eficiente Juventus e, mais uma vez, não realizará o esperado ‘El Clásico‘ na final da Champions League.
Desaparecido, o atual melhor jogador do mundo sucumbiu à marcação italiana e vai ver seu rival e algoz ter caminho livre para conquistar o torneio, que poderá vir junto com a tríplice coroa. Apesar de toda força da camisa bianconeri e do bom time formado por Allegri, o Barcelona de Messi, Suárez e Neymar é franco favorito à conquista da “Orelhuda” novamente.
Os catalães chegarão badalados para a final em Berlim. Sorte deles que o jogo não será numa quarta-feira.