Créditos da imagem: Reprodução O Globo/Analice Paron
Que vivemos num país sem memória, todos estão carecas de saber. No futebol, que já chamaram de “ópio do povo”, a tentativa de destruir o pouco de memória que existe, é constante. Não por acaso, já que se trata do maior de todos, tem sempre alguém tentando destruir Pelé.
Pode parecer incoerência, mas não é. Aparentemente sem ter assuntos melhores para cuidar – e são tantos – deputados do Rio de Janeiro acabam de votar para que o estádio do Maracanã deixe de se chamar Mário Filho, grande jornalista carioca, para ser chamado de Pelé. Assim mesmo, “Estádio Pelé”.
Nada contra o Rei do futebol, maior de todos em todos os tempos, que merece todas as homenagens que já recebeu e tantas outras que poderão vir – aqui e no mundo. Apenas não vejo sentido desvestir um santo para vestir outro. Mário Filho não recebeu a homenagem por acaso, por vaidade de alguém, mas por seus méritos como grande jornalista.
Um grande erro tentar a mudança do nome, que espera-se seja corrigido pelo governador do Rio, vetando o projeto. Pelé já tem seu nome no estádio maior de Alagoas, que políticos de terceira categoria já tentaram mudar, apenas porque ele não pode aceitar algum convite para estar em Maceió. O erro seria tão grande como o que querem fazer no Rio.
Sugestão? Guardem o nome de Pelé para batizar praças e grandes avenidas, quando ele um dia nos deixar.
A falta de memória e de respeito, repito, é constante. E se isso “virar moda”, as homenagens deixarão de ter o seu valor, vez que ameaçadas de serem substituídas a qualquer tempo.
Ainda, poucos chamam, no caso, os estádios pelos nomes dos homenageados. Estádio Mário Filho é o Maraca. Paulo Machado de Carvalho nunca deixou de ser o Pacaembu. E assim vai, até com os nomes comprados e pagos a peso de ouro. Só chamam pelos nomes comprados os que recebem para isso.
O mesmo querem fazer com o Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Sonham tirar seu nome da fachada para lá colocar o de alguma empresa que pague alguns milhões, na vã tentativa de cobrir um pedaço do rombo financeiro que más gestões deixaram. Incompetentes que fingem não saber que o estádio – e todo parque social – do São Paulo, só existe graças a ele, Cícero Pompeu de Toledo, seu idealizador e eterno presidente.
No caso, além da falta de memória, aflora a incompetência para administrar o clube e ir buscar recursos, como fizeram Cícero Pompeu de toledo e sua equipe.
Já disse e repito, Pelé deveria ser homegeado com uma simples placa ” Pelé o Rei do futebol jogou aqui” nos estádios do Brasil e do resto do Mundo
Grande Zé!!! Como é bom ler seus textos! Aproveito para deixar dois pitacos:
1 – Por uma questão de mérito e justiça, a melhor opção seria: Estádio Nacional Alcides Edgardo Ghiggia Pereyra.
2 – Acredito que (também por questão de mérito e justiça) deveríamos mudar o nome da cidade de São Paulo para Corinthians. Para o bem do futebol.
Abração!
Mestre, nada a acrescentar…