Créditos da imagem: Zero Hora
Não era fácil a vida para colocar no ar o Globo Esporte, nos tempos em que trabalhei na Poderosa.
Em São Paulo, ao contrário do Rio, a garotada voltava da escola e ligava direto para assistir o Chaves, na concorrente.
Pegávamos a audiência lá embaixo e era preciso subir, para entregar alta para o Jornal Hoje.
Ganhávamos sempre, mas era dureza.
Geraldo Naves, depois o Afonso Maurício e por fim o Antonio, diretores de programação por aqui, ficavam loucos vendo a oscilação da audiência na telinha deles.
Uma vez, Afonso Maurício, bom amigo, indagou se eu tinha alguma ideia para acabar com aquela aflição (dele). Respondi que sim: comprar a série Chaves e arquivar.
Quando fazíamos uma grande reportagem e a audiência ia lá em cima, eles mandavam bilhetes elogiando. Ganham bem, mas… (rsrs)
O pior dia era a terça-feira. Os times folgavam na segunda e era duro arranjar boas reportagens. Numa dessas, no sufoco, pedi ao Sidney Daguano para separar todas as imagens com falhas de reportagem – só as da rodada – e montar um vt. Só aqueles erros que não podiam passar. Nada de pelo em ovo. Maurinho (Mauro Cícero), chefe da arte, criou rapidinho uma vinheta (um pé pisando a bola, que murchava), um chorinho e pronto. Virou sucesso e alívio todas as terças – para desespero do pessoal da arbitragem. O presidente do sindicato, amigo do diretor do departamento, vivia pedindo para que acabássemos com o vt…
Negativo!
Hoje eu pediria para que fizessem um outro vt, nos mesmos moldes. Mas com os paspalhões que fingem sofrer contusões – tapas no rosto, cotoveladas etc. Usaria a musiquinha dos Três Patetas e abriria e fecharia com rápidas imagens deles.
O título poderia ser “Os paspalhões”.
“Bem bolado, bem bolado”, Mestre! 😉
rsss
Pois….
Petacular!
ADOREI
Milagre!!
Ia ser uma maravilha, mestre! Enquanto o STJD não pune o pessoal que simula desse jeito, acho que a humilhação pública seria um bom caminho! 😀
E antes que alguém pense que é maldade minha, acho bom esclarecer que são apenas imagens reais, de quem conscientemente decidiu seguir esse caminho. “Coitado” é o companheiro de profissão que corre o risco de ser expulso e visto como um agressor por causa desses atores patéticos.
E os senhores do STJD, que cometem barbaridas – como aquela das anulação de jogos no campeonato de 2005, não ficariam de fora – claro