Créditos da imagem: Montagem / No Ângulo
A torcida do Corinthians movimentou as redes sociais nessa semana pedindo as voltas de Paulinho e Renato Augusto, dois grandes jogadores que trouxeram títulos à grandiosa década construída pelo clube nos anos passados.
Ao mesmo tempo, o Botafogo atravessa continentes para buscar o japonês Honda e o marfinense Yayá Touré, atletas de referência mundial. Yayá, especificamente, vestiu a camisa de Barcelona e Manchester City e se tornou um dos maiores jogadores africanos da história.
Há dois anos, o Santos foi buscar um jogador que se destacou durante a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil, quando levou a Costa Rica às inéditas quartas de final da competição.
Bryan Ruiz, contratado com salário astronômico, nunca rendeu e se tornou um fardo aterrorizante para os já combalido cofres do peixe.
No futebol, o curioso é que expectativa nem sempre corresponde à realidade. E nós, torcedores, somos os grandes culpados disso.
Quando vemos um bom jogador em campo, começamos a acreditar que o nível será mantido por sua carreira, com leves quedas que, em geral, não comprometerão a qualidade do espetáculo.
A Fiel Torcida provavelmente pede pelo Paulinho de 2012 e pelo Renato de 2015, enquanto a do Botafogo espera pelo Honda do Milan e pelo Touré do Manchester City.
E é exatamente aí que indica o perigo. A relação de amor pode se transformar em ódio tão logo o jogador comece a demonstrar em campo o que o tempo lhe fez.
Aliás, por falar em Milan, a torcida do clube percebeu a diferença quando Kaká, grande ídolo, retornou para jogar bem abaixo do que apresentava antes de sair para o Real Madrid.
Outro exemplo, o Cruzeiro está pagando caro por apostar num Fred inofensivo mais de uma década depois de sua saída.
De fato, o torcedor nem sempre age com racionalidade quando se trata de grandes ídolos.
Esta função, no entanto, se encaixaria ao cartola, caso profissional fosse, mas que infelizmente resolve sempre jogar para a torcida.