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Faz quase três anos que escrevo aqui mesmo No Ângulo contra os abusos da Confederação Brasileira de Futebol e seu pouco interesse em renovar e fortalecer o futebol de clubes no Brasil.
Mesmo com a produção dos melhores jogadores do mundo, o futebol brasileiro não só caiu de nível, como não consegue competir em igualdade financeira com centros insignificantes do futebol, como Ásia, Japão, Oriente Médio e Estados Unidos.
Faz pelo menos 15 anos que o futebol, que agora passou a ser chamado de futebol masculino, mergulha em crise ao mesmo tempo em que a CBF se enriquece, envolta em corrupção e com cartolas presos ou impossibilitados de sair do Brasil.
Tudo isso num esporte que tem amplo interesse da sociedade e é transmitido pela maior rede de televisão do país.
Agora, com o fim da Copa do Mundo Feminina de Futebol, o que mais se vê são discursos do “É preciso”.
“É preciso fortalecer o futebol feminino”. “É preciso atenção à base das meninas”. “É preciso um campeonato de clubes que mantenham as mulheres atuando constantemente”. Termos todos ligados a um sujeito em comum: exatamente a CBF.
Soa irracional e até mesmo inocente ver toda essa gente – que não sabe nada de futebol feminino, mas agora se tornou fã incondicional – defendendo e levantando a bandeira para empurrar uma instituição altamente corrupta e que não se interessa em desenvolver nem mesmo aquilo que poderia dar mais dinheiro, o futebol masculino.
Quando vejo esses discursos, imagino imediatamente alguém se afogando em alto-mar e recebendo uma âncora para “se salvar”.
Além disso, é pura ilusão imaginar que a Globo irá gastar tempo de sua grade para transmitir partidas dos clubes ou amistosos da seleção. Vale lembrar que até esses dias mesmo, a emissora preferiu passar Homem-Aranha a um jogo de um dos maiores clubes do Brasil, o Santos, no futebol masculino.
Em resumo, esperar algo da CBF é pedir para se frustrar. Contar com apoio midiático da Globo é desconhecer de marketing e retorno financeiro.
É uma pena, mas é o que é. O futebol feminino está mais para ser esquecido novamente e desenterrado daqui a um ano, nas vésperas das Olimpíadas de Tóquio.
É o que é, então enfiemos os dedos nos nossos rabos que nada vai mudar. Caraí, se é pra que escrever um textinho desses que ao menos proponha algo de novo. Ninguém espera nada desses bando de Zé Ruela, mas no mínimo o que se pode dizer é que a CBF não apoia e deveria apoiar o desenvolvimento tanto do Futebol Feminino como do Masculino.
Vá pagar de diferentão no seu grupo de zap
Quanto ódio parceiro, não conseguiu interpretar o texto mesmo, né?
Senta lá, e tenta ler de novo com calma.
Pior que esse Jorge Freitas é o Capitão Óbvio aqui do No Ângulo mesmo, seus textos dificilmente trazem alguma percepção nova acerca dos fatos.