Créditos da imagem: A Bola
Com quatro gols em quatro jogos desde o seu retorno ao Santos, Gabigol divide opinião – no Brasil, na Itália e em Portugal – e desafia os especialistas a decifrarem o real nível do seu futebol
Gabigol fracassou na Europa. Ponto.
No entanto, recuso-me a dar eco à ideia de que no Brasil “qualquer um” joga e reduzir a discussão a isso.
Até porque, com um pouco de boa vontade, sabemos que não é bem assim.
Ora, como não considerar que tanto pela Inter de Milão, da Itália, quanto pelo Benfica, de Portugal, o atacante santista teve pouquíssimos minutos em campo – total de 332, tempo inferior ao de 4 partidas completas somadas (!) – para demonstrar do que era capaz?
Não dá para, dependendo da conveniência da situação, a gente considerar ou desconsiderar a importância que tem, por exemplo, uma sequência de jogos no desenvolvimento da carreira de um jogador. Em outras palavras, o mesmo raciocínio que vale para, digamos, Gustavo Scarpa no Palmeiras, deveria valer também para Gabigol na Europa.
Nessa linha que defendo, de que pouca coisa é definitiva no futebol, Rui Vitória, ex-técnico de Gabigol no Benfica, ao tomar ciência do bem-sucedido retorno de Gabigol ao Santos, ponderadamente declarou:
“O Gabriel é um jogador de qualidade e tem facilidade em fazer gols quando aparece na cara do goleiro. Mas há contextos e momentos na vida de um jogador, na vida dos clubes, contextos até sociais que podem não ser os mais adequados. Eventualmente, noutro momento poderia ter tido outro rendimento. Agora no Santos está num contexto muito favorável. Às vezes há jogadores que eu digo que devem estar noutro contexto, noutro clube, noutro país, com outro treinador, outros torcedores. Vejo isso com naturalidade. Fui dos primeiros a achar que faria bem em regressar ao Brasil, porque está num clube onde foi feliz e onde pode encontrar novamente essa felicidade. Nós tínhamos 30 jogadores e estávamos num momento que se calhar não era o mais propício para um jogador mostrar a sua qualidade. Agora já podia ser diferente, para o ano já pode ser diferente… Não há receitas para isso”.
É bem por aí!
Há muitas nuances na carreira de um jogador, que passam tanto pelas questões futebolísticas em si, mas também por outras, que muitas vezes ultrapassam o âmbito esportivo.
Para quem não sabe, Gabigol chegou a um Benfica desarrumado e em princípio de crise depois das vendas de Ederson, Nélson Semedo e Lindelof, em meados de 2017. Mais: àquela altura, Jonas e Seferovic eram titulares absolutos do time. Além da dupla, havia também a sombra do reserva imediato Jiménez, a contratação mais cara da história do clube português. E como desgraça pouca é bobagem, a fim de contratar o brasileiro, o Benfica vendeu Mitroglou, ídolo e goleador do time, com 88 jogos e 52 gols, para o Olympique de Marselha.
Ufa! Será que estava fácil para o Gabigol brilhar em Portugal? Não, né?!
E assim o mimado Menino da Vila mais uma vez se via pressionado e pouco prestigiado em terras europeias. Provavelmente algo “inimaginável” para ele.
Como, o GABIGOL sendo tratado como um mané? O “NOVO RAIO”? O “SUBSTITUTO DO NEYMAR”?
Bom, mas calma que também há o outro lado.
Gabigol dá motivo para que o questionemos e o terceiro cartão amarelo que ele praticamente implorou para levar – e levou! – na partida do último domingo contra o Santo André (em que estava pendurado às vésperas do clássico contra o Corinthians) é emblemático.
Como ele é pitizento!
Afinal, de um astro milionário o mínimo que se espera é profissionalismo!
E Gabigol custou “apenas” 30 milhões de euros à Internazionale (que depois o cederia ao Benfica e, agora em 2018, ao Santos).
Em sua estreia, Gabigol jogou alguns minutos no empate contra o Bologna e foi afoito, achando que chegaria na Europa sendo “o” cara da Inter, querendo resolver as jogadas sozinho, como um lunático.
A verdade é que ele teve um choque de realidade e não soube lidar com isso.
Aquele menino badalado de sempre, o “substituto de Neymar”, o “novo raio”, não existia mais.
Aliás, ele não existe.
Gabigol não é um fora-de-série.
Mas pode sim ser um ótimo jogador.
Em qualquer lugar do mundo.
E segue o jogo.
Gabigol não é CRAQUE mas no SANTOS decide.
Facil……bota o Real Madri,ou Barcelona,para fazer pre temporada aqui no interior de SP,para ver se é facil encher de gols a Ponte,Ferroviaria,S.André….etc….
Belo texto! Longe de julgamentos simplistas e preconceituosos. Mas pondero o seguinte: jogadores com menos recursos já foram muito mais bem sucedidos na Europa, em clubes do tamanho da Inter. O próprio Jonas citado no texto, com a idade do Gabriel jamais criaria as mesmas expectativas que a jóia santista. O ponto para mim é: a inteligência de saber se adaptar a outro país, outra cultura e, principalmente, outra forma de jogar futebol, também é uma virtude necessária a alguém que queira ser um jogador acima da média (aplico boa parte dessas ressalvas ao ganso).
Advinha o número da camisa que ele usa no Santos ?? Já foi usada por Pelé Pita Airton Lira Geovani precisa dizer mais ??
O manto sagrado da camisa 10 faz milagres tstststs
Maravilha de texto! Assino embaixo! Não tem como querer objetivar absolutamente tudo no futebol.
Quando atuavam no Brasil, Gabigol e Gabriel Jesus eram constantemente comparados. Hoje um é titular da Seleção e “vai bem no super Manchester City” e o outro só perdeu tempo. Mas isso tem a ver mais com o andamento das coisas, com a personalidade de cada jogador, o ambiente de recepção etc. do que com o que cada um pode fazer dentro de campo, puramente.
Ele não teve oportunidade na internet e no Benfica pegou treinadores que não gostam de brasileiros o Coutinho também não foi bem na internet mas joga muito e o Gabriel joga muito sem dúvida
Vou simplificar ele achou que era melhor que é. Precisa ter humildade sem chinelo de dedo é claro mas humildade.
Escolheu o momento errado e o time errado para sair do Santos.
Saiu no melhor momento de sua carreira e lembro que ele não chegou a fazer tanta força pra sair, bastava o santos querer e ele renovaria.
Foi para a Inter desarrumada, e foi onde esse temperamento dele descrito no texto que o atrapalhou.
Sabe sim jogar bola e fazer gol, tem personalidade que aparece em grandes jogos.
Está longe de ser fora de série, mas não passa nem perto de ser uma enganação como uns desavisados falam.
Acrescento ao ótimo texto….
Gabriel sempre foi centroavante na base…onde acho um craque. Quando subiu…(acho) seus empresários e quem dirigia o Santos na época…inventaram “atacante de lado de campo”(mais valorizado no mercado Europeu)… onde, na minha opinião, ele é apenas ótimo (porque é habilidoso).
Como centroavante é mortal…em outra posição… é “apenas” excelente.
Volto pra casa viu as peles antiga mlk ta leve
GABIGOL > GABRIEL JESUS (E NÃO ESTOU BRINCANDO)
[…] Agora é a vez de enfrentar o jovem Santos de Jair Ventura (um dos raros treinadores do nosso futebol com retrospecto favorável contra Carille, com duas vitórias e uma derrota no currículo), que irá a campo com a joia Rodrygo no lugar de Gabigol, suspenso. […]
Tenho para mim que Gabigol é melhor, tecnicamente, que os outros atacantes da Internazionale. Se tivesse chego com os pés no chão, espírito mais coletivo e foco, hoje, seria titular absoluto da equipe. A personalidade dele é muito parecida com a do Neymar, o que o torna um cara que não agrada o elenco, a questão é que o Neymar é um fora de série, o que lhe dá esse “direito”.
[…] – Desvendando Gabriel Barbosa, o Gabigol […]
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