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Top 5 – Golpe na Catalunha
Não sou afeito a esses “saiba por que” adotado por jornalistas sem pauta, mas uma derrota como a do Barcelona contra o Roma, colocando por terra minha coluna publicada horas antes, torna imperioso que eu aponte os cinco principais motivos do terceiro fracasso consecutivo do bilionário clube catalão na Champions League. Vamos lá:
5 – insistência no que deu errado – não imaginava que Ernesto Valverde repetiria a escalação do jogo de ida. Já no Camp Nou não funcionou. Sergi Roberto foi bem na lateral durante todo o ano. Mas, talvez preocupado com as condições físicas de Busquets, Valverde escalou Semedo e adiantou Sergi. Na teoria, era promissor. Mas, como não raro ocorre, faltou combinar com o adversário, que em nenhum momento foi envolvido pela dupla. Mesmo com um início desapontador de Dembelé, era preferível colocar o francês para formar um trio de ataque e atrair a marcação. Ou, então, manter Paulinho como quarto homem do meio no 4-4-2 – a despeito de tal formação já ter sido manjada pelos adversários.
4 – pânico de Valverde – só isso explica por que o treinador, mesmo vendo seu time ser dominado contra o jogo de bolas aéreas e vigor físico da Roma, só preparou a primeira alteração depois dos 75 minutos. Pior: optou por colocar em campo o jogador mais desacreditado do time, André Gomez. Poderia ter colocado Dembelé ou Paulinho logo depois do intervalo. Poderia colocar mais um zagueiro, Vermaelen, para ajudar a Piqué e Umtiti (mais uma vez, perdido quando a bola chega na sua área) contra o trombador Dzeko – tipo de jogador que os times de Espanha e Inglaterra estão cada vez menos habituados a enfrentar. O que não poderia era ficar lá, paralisado e rezando como técnico de time pequeno.
3 – apogeu e desgaste precoces – o melhor do Barcelona na temporada ocorreu entre dezembro e janeiro, incluindo os 3 a 0 no Real Madrid. Porém, o começo de 2018 voltou a mostrar a diferença de estratégias entre os rivais, nas partidas da Copa do Rei. O Real Madrid não deu aquele gás todo e foi eliminado cedo, ganhando mais tempo para treinar e descansar. O Barça, com elenco menor e envelhecido, poupou menos jogadores e alcançou a decisão. Só que o preço foi chegar a fevereiro em declínio físico. Jogadores como Paulinho perderam performance e outros passaram a conviver com dores. Os efeitos já puderam ser sentidos nas oitavas da Champions League, quando a sorte ajudou horrores em Londres.
2 – “joga no Messi!” – quando se tem um jogador incrivelmente capaz de armar, dar assistência e fazer gols, é natural que seja o grande referencial da equipe. O problema começa quando ele se torna o único referencial. No campeonato espanhol, o Barcelona já conta com Philipe Coutinho como alternativa, mas ele não pôde jogar na Champions League. O resultado foi que, na medida em que aumentou o desgaste (além de os adversários terem sacado o esquema), a dependência do futebol do craque se aproximou da totalidade. Diferente do Real Madrid, em que Cristiano Ronaldo “só” tem que completar – brilhantemente – as jogadas bem tramadas pelos colegas. O cracaço de branco é favorecido. O azul-grená é explorado.
1 – e as tais “canteras”? – lembram quando o Barcelona era exaltado pelo aproveitamento de sua base? Pois é. Ou melhor, pois era. A geração brilhante de Xavi, Iniesta, Messi, etc…, que chegou a ocupar mais da metade do time titular, chegou à casa dos trinta. Quem veio depois? Quase ninguém. Apenas Sergi Roberto se tornou titular – ainda assim, com idas e vindas. Outros estão sendo emprestados invariavelmente. De ótimo mesmo, só Thiago Alcântara, que em 2013 decidiu não esperar sua vez e foi para o Bayern. Com a queda brusca na formação de atletas, o Barcelona teve que contratar mais. Na maioria das vezes, pior – como o queridíssimo André Gomez. Sem o trunfo que o diferenciava, o “mais que um clube” ficou mais do mesmo.
Chora, Messi!!!!!!!!!!!
Esses erros apontados são des do jogo passado, o time da Roma e limitado, mas o placar de 4×1 não refletiu com o futebol jogado. Pior pro Coutinho que se espera se passar a copa pra sair do Liverpool iria além de estar em melhor forma, já que ultimamente mal joga ( e vai perder titularidade na seleção pro William que vem jogando mais des do ano passado) e ainda daria mais força ao Liverpool na briga pela champions, mas o destino e uma coisa engraçada kkk
Arthur, jogo passado é pouco. Eu menciono inclusive a sorte contra o Chelsea. No jogo de ida, poderia perfeitamente ter sido 4 a 0 pros ingleses. Mesmo na volta, o poderio do Barcelona foi 90 % Messi. Não vimos outros jogadores coordenando jogada nenhuma.
Gostei do “des do”.
Hahahaha
Confesso que sempre torço contra esses “bichos-papões” europeus como Barcelona, Real Madrid e Bayern. Então gostei muito do resultado!
Mas, posto isso, não gosto dessa “escola Barcelona”. Depois da inegável revolução que o Barcelona do Guardiola impôs, acho exagerada a troca de jogadores e funções, a dependência quase exclusiva de passes curtos, sem o mesmo arsenal que o Real Madrid, por exemplo, apresenta em outras frentes, como jogo aéreo, finalizações de fora da área, mais vigor físico, bolas longas etc.
De agora em diante vai só cair, Iniesta já era e o Messi já tá caindo!!!!!!!!!!!!!!!!