Créditos da imagem: O Globo
Desnecessário escrever sobre como a Chapecoense virou o segundo time de quase todos os amantes do futebol (em nível mundial até), no que eu me incluo.
Mas isso não faz (ou pelo menos não deveria fazer) do simpático time de Chapecó, um “café com leite” na análise de suas decisões administrativas e esportivas.
Claro que se faz necessário compreender o período de transição pelo qual o clube inevitavelmente vai passar depois de toda aquela tragédia.
No entanto, desde o início, o tom adotado pela nova diretoria, de que “a linha de trabalho permaneceria a mesma”, deixou-me incomodado.
Poxa, a Chapecoense NUNCA MAIS será a mesma.
Querendo ou não, ela ganhou notoriedade e entrou para a história do futebol.
Ou alguém tem dúvida, por exemplo, de que os colecionadores de camisas espalhados pelo mundo vão querer a camisa do time e outras coisas do tipo?!
Hoje a Chapecoense é uma marca forte (vide o suposto interesse veiculado na imprensa de uma companhia aérea do Catar em patrocinar a equipe, o que acabou não se concretizando), que deveria ser mais bem explorada.
De maneira que tentar manter uma linha de atuação em um cenário totalmente diferente, parece-me um erro estratégico básico.
Olhando de fora, penso que tenha faltado alguém “do ramo” para trazer mais resultados nessa questão de ampliação da marca. Mesmo considerando a crise no Brasil e todo aquele papo batido.
Por fim, esportivamente falando, será que o time/elenco formado tinha de ser tão fraco assim?
Vá lá que “começar do zero” não seja algo fácil, muito pelo contrário. No entanto, há vantagens no sentido de se contratar peças que se complementam, pinçando boas opções no mercado, algo que o Sport, por exemplo, mesmo com as suas limitações financeiras, conseguiu fazer em 2015, ao reunir em seu elenco jogadores como Danilo Fernandes, Durval, Rithely, Marlone, Diego Souza, Maikon Leite e André.
Agora, Wellington Paulista em fim de carreira como o maior nome para uma Libertadores? Não, né?!
E por que não o vencedor Levir Culpi, que declarou que trabalharia de graça pelo clube, em vez da promessa que jamais vingou Vagner Mancini?
Difícil entender…
Agora é torcer. E muito!
“Vâmo, vâmo, Chapê” eterno.
E segue o jogo.
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Discordo do seu ponto de vista. A chape cresceu nos últimos anos devido a uma política de austeridade financeira, sem gastar mais do que consegue arrecadar, pensando em um lado menos humano também, devemos nos lembrar de que os jogadores também fazem parte do “patrimônio” do clube e, nesse quesito, a chape teve que se reestruturar totalmente. É evidente que time é infinitamente inferior ao do ano passado, que já não figuraria entre os favoritos da competição. Quanto à Levir Culpi, tem um salário demasiado alto para a Chape e, mesmo ele treinando gratuitamente por 6 meses (que foi o ofertado), o trabalho não teria continuidade na sequência da temporada.
Pietro, obrigado pelo prestígio. Alguns pontos: em nenhum momento eu escrevi que a Associação Chapecoense de Futebol deveria gastar mais do que arrecada. Só pedi mais arrojo e uma leitura melhor do momento que ela está atravessando, sem apego a uma fórmula que de fato já deu certo, mas que agora poderia ter sido readequada à nova realidade do clube (até para arrecadar muito mais). Dentro de campo, acho que um time formado por Artur Moraes; Diego Renan, Douglas Grolli, Nathan (ou Fabrício Bruno) e Reinaldo; Andrei Girotto, Moisés Ribeiro (ou Moisés) e Dodô; Niltinho, Arthur e Wellington Paulista, é pouco promissor. E que o processo poderia ter sido mais bem conduzido. Ainda, quanto ao Levir, ele foi só um exemplo. Sem falar que se ele se propôs a trabalhar de graça por 6 meses, será que também não toparia estender o vínculo até o final do ano com um salário dentro dos padrões da Chape? Eu imagino que sim… Enfim, tomara que o time me surpreenda, eu estarei verdadeiramente na torcida! 😉 Um abraço!
Concordo que o time é realmente fraco, como expressei no comentário e também era possível um técnico melhor. Mas a chape já possui uma filosofia e a aposta é mante-la. A ver o resultado.
Treinador fraco, digno de série B porém, boa gente.
Assim como a Chapecoense
Concordo plenamente. Vagner Mancini e Túlio de Melo numa Libertadores? É fracasso certo!
Chapecoense numa libertadores? É fracasso certo também!
Kkkkkkkkkk queimei a língua!
Olha, Fernando Prado, racionalmente eu concordo totalmente com você! Mas assim como o Vágner Mancini não me agrada muito, o Caio Junior – que foi quem levou a Chape até a final da Sul-Americana – tampouco me agradava.
Mas sobre o elenco eu concordo totalmente com você! Por mais que queiram manter uma cultura de austeridade, a sua comparação com o Spor foi acertadíssima! Acho que erraram mesmo e perderam a chance de deixar todo mundo com expectativa de ver a Chapecoense.
Ela pode ter angariado simpatia de todo mundo, mas ninguém vai dar audiência para a Chape por caridade, se o time for sofrível.
Não sei, não. Tenho minhas dúvidas. Muitas. Mão creio que a cidade, pequena, nem mesmo o Estado de SC tenham condições de suportar um time com medalhões, que custam caro. O Sucesso do time se firmou no trabalho coletivo, na união, no “um por todos, todos por um”. O apoio dado, pelo mundo, no momento da tragédia é temporário – infelizmente. Há uma semana, por aí, foi noticiado que o Corinthians perdeu 53 mil sócios-torcedores. Só porque passa por uma fase de time ruim…Wagner Mancini não é mesmo um técnico top. Ganhou uma Copa do brasil com o Paulista, faz uns anos, exatamente por conseguir – como ex-jogador que assumir – unir um grupo de jogadores (((escrevi com ele um livro sobre a campanha, bastidores ect, não publicado. Razão? Diretores passaram a pensar que eram o máximo…Acho que a direção sabe que a euforia passaria, mesmo sem o desastre. Abssssss
Chapecoense só tá na libertadores pq o Atlético Nacional quis, pq o campeão da Sul-Americana seria o Atlético Nacional
A magia daqueles que se foram dificilmente será recriada