Créditos da imagem: Reprodução / Fox Sports
Sobre Roberto Avallone: cresci divertindo-me com ele. Também me fez passar muita raiva, sobretudo quando, para tentar compensar sua arqui-conhecida predileção clubística, cedia às piores tolices ditas contra o Palmeiras. E era ansioso, malucamente ansioso – nunca me esquecerei de que chegou a pedir a saída da Parmalat, ainda no início de 1992, alegando inclusive que “a grana é curta”. Tratava-se de uma “Ilusão” e coisa e tal; ficou irritado com Rincón, entrou na onda de que ele não jogava nada, disse que França e Kaká formavam a melhor dupla de ataque brasileira desde Pelé e Coutinho e pediu, de cada um a seu tempo, a cabeça de Rivaldo, Alex, Djalminha e Dudu. O que Avallone fazia, sob a roupagem do bom português e do respeito à história, era reverberar as boçalidades dos torcedores mais boçais – e para o grande público. Pelo menos, era divertido.
Mas escrevia bem, conhecia -repito- a história do esporte, era um comunicador acima da média. No fim, suas sandices se tornaram, inclusive, muito simpáticas.
O fato é que a morte de Avallone ressalta, por contraste, o estado deplorável de nosso jornalismo futebolístico. Ele não disfarçava seu clubismo emotivo, e o pior de sua produção resultou, justamente, do remorso que sentia quanto ao assunto. Era, portanto, muito mais honesto consigo, com os colegas e com o público, do que essa gente tão bem comportada de hoje em dia, e que não consegue ir além da cafajestagem envernizada. Não era o ignorante médio a quem nos acostumamos, nos últimos 30 anos, a dar espaço e voz. Seria incapaz de bloquear um torcedor que lhe cobrasse respostas quanto à procedência da informação ou mesmo coerência. Não fingia que o mundo começou nos anos 50. Tinha senso de proporção. Gostava de futebol, não de ter razão – e, para isso, não se incomodava em estar certo, ainda que isso fosse bem raro.
É uma pena. Por tudo. Vai fazer falta.
E ponto final.
Ele, Roberto Avallone, com todas as sandices que brotavam a flor da mente e do gogó, ainda assim, era infinitamente mais lúcido do que a maioria dos jornalistas esportivos e pasteurizados de hoje em dia.
Pronto, falei.
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