Créditos da imagem: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Erradamente tido como retranqueiro por muitos, o cada vez mais promissor (sim, mesmo já tendo um Campeonato Paulista e um Brasileirão no currículo, o excelente treinador corintiano ainda é um iniciante e tem muito a evoluir) Carille vem praticando uma ousadia quase inédita no futebol brasileiro das últimas décadas: jogar com apenas um “volante”, o cabeça-de-área Gabriel. Não se trata nem de adaptar algum jogador de outra posição na função de volante, como no passado já aconteceu no próprio Corinthians com Rincón e Elias, por exemplo.
Nesta temporada, apenas Gabriel vem atuando com esse propósito. Completam o meio os organizadores -termo usado para a alegria do nobre colega Gustavo Fernandes- Jadson (um craque não reconhecido como deveria no nosso país) e Rodriguinho. Na frente, Romero e Clayson jogam pelas pontas com muita aplicação tática, enquanto Kazim vai ocupando o espaço até surgir alguma alternativa para substituir Jô, maior destaque do time em 2017.
Uma formação como essa é ofensiva em qualquer lugar. Ainda mais se considerarmos que tanto Fagner quanto Juninho Capixaba são laterais que avançam muito.
Mas, ainda assim, muita gente chama Carille de “defensivo” simplesmente porque seu time sofre poucos gols e quando está sem a bola não faz marcação pressão, mas sim recua para uma marcação posicional que vem se mostrando muito bem-sucedida desde que o treinador assumiu o comando do time.
Depois de ganhar o Brasileirão, o comum seria ficar na zona de conforto e seguir adiante com o esquema do ano passado. Mas Carille demonstra querer mais e exibe uma coragem que deve ser louvada por todos. Parece ter identificado que é possível elevar o nível de jogo, e que grandes times costumam apresentar mudanças de um ano para o outro. Se sua tentativa der certo, é a possibilidade de o campeão brasileiro, mesmo ainda sem nenhuma grande contratação e sem Jô, “cair para cima”. A contratação do zagueiro Henrique, que assim como Balbuena é veloz, tem explosão física e já atuou como volante, sugere uma equipe compacta que terá zagueiros que participam com frequência do jogo, ou seja, uma equipe mais “moderna” do que a do ano passado.
O São Paulo batido no Pacaembu era um adversário frágil que ainda está sendo montado. Ainda assim, demonstrou que há muito o que arrumar defensivamente no alvinegro, especialmente nas laterais e nas bolas invertidas nas proximidades da área. Mas Carille sabiamente está usando esta fase de classificação do Paulista como laboratório para frutos a serem colhidos mais à frente, que podem ser muito maiores do que seriam com a manutenção do esquema do ano passado. E para o bem da mentalidade do nosso futebol, felizmente topou o desafio, o que já é uma vitória para sua carreira independentemente do resultado final.
O Carille é outro nível!!!!!!! E até o Gabriel sabe jogar!!!!!!!! Quando tiver um centroavante pro lugar do Kazim, o mais grosso do time vai ser o Romero, kkkkkkkkkkkk
Mano eu pensava igual vc tbm. Achava o kazim um imprestável pra ser sincero, mas vi recentemente uma análise sobre o jogo de hj. E a importância q o turco teve pras subidas dos meias. Pq o Jr Dutra n consegue fazer esse papel de pivô e ai n tem o tempo para os meias subirem. Bem interessante.
Aff
Já imagino o jogo aberto amanhã..
Magestoso do início ao fim do programa. Ainda vai ter o Ronaldo falando m..
Gostei de ler! Quase melhor que ir no Pacaembu, que eu não podia.
Opa, muito obrigado, Felipe Pait! 😉
Teste real?Esse time do sp apanha até pro time de bairro aqui da cidade!