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A primeira rodada de um campeonato que tem 38 não serve muito de parâmetro para prever o futuro dos times. Alguns ainda não estão completos, outros jogaram com reservas, reforços não estrearam ou estão sem ambiente e a abertura do mercado no meio do ano é uma ameaça sobre todos os elencos.
Mas algumas tendências já podem ser observadas. O São Paulo jogou com reservas, por causa da Libertadores, e venceu fora de casa. É um esquadrão? Não. Os próprios titulares ainda devem. Venceram jogos importantes na Libertadores, mas decepcionaram mais do que agradaram nos jogos deste ano. Precisam mostrar consistência. E pegaram um Botafogo que, se não melhorar muito, deve flertar com o rebaixamento durante todo este resto de ano. O Atlético Mineiro também usou reservas e derrotou o Santos, um dos candidatos ao título. A derrota santista pode ser considerada a mais doída da rodada. Em um ano no qual perderá por um bom tempo Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Gabigol para a Seleção Brasileira – se não perdê-los definitivamente nas negociações com o exterior -, ser derrotado pelos reservas do Galo é um prejuízo de difícil recuperação. O Atlético fez o dele e está firme na busca do título que não ganha há 45 anos. O Palmeiras começou bonito. Goleada por 4 a 0 sobre o Atlético Paranaense é uma estreia e tanto. Dá confiança ao time, motiva a torcida e acalma o ambiente. Mas ainda precisa ser mais testado. Iniciou bem, porém tem que mostrar regularidade. Corinthians e Grêmio fizeram o clássico dos “chatos”. Digo chatos porque são os times mais difíceis de tomarem gols. Dois esquemas fortes na defesa e na distribuição dos jogadores. E lá vai uma critica ao técnico mais badalado do momento: Tite exagera às vezes nos seus critérios de merecimento. Rodriguinho está devendo futebol há algum tempo e Romero não é jogador para os lados de campo. Não dá um drible. O melhor que o time tem no momento jogou no final da partida, com uma linha de ataque formada por Giovanni Augusto, Marquinhos Gabriel e Guilherme. André é mesmo fraco. Por outro lado, Balbuena deixou claro mais uma vez o erro de ficar na reserva. Grêmio e Corinthians mostraram que estão afiados, ainda mais se conseguirem alguns reforços. De resto, poucos destaques. Citações para o competente Levir Culpi, que levou o Fluminense a uma vitória fora de casa contra o América; ao empate do Inter contra a modesta Chapecoense; e ao triunfo burocrático do Flamengo sobre o Sport.
Para evitar as reclamações dos irmãos nordestinos, um “salve” para a goleada do Santa Cruz por 4 a 1 contra o Vitória. Bom resultado que, entretanto, não indica nenhuma tendência no futuro.
Por conta da montagem dos times, dos riscos de desmontes de alguns e da maratona de 38 rodadas, que costuma liquidar as zebras, não dá para arriscar palpites. Se eu fosse obrigado a fazer previsões hoje, diria que Atlético Mineiro, Corinthians, Grêmio, Fluminense e São Paulo indicam que deveremos ver mais dos mesmos. Estão com a palavra Santos, Palmeiras, Flamengo e Internacional. Que nos digam para quê vieram.
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REALMENTE ESTÁ BEM DIFÍCIL DE FAZER ALGUMA PREVISÃO ESSE ANO…
MAS CONCORDO QUE CORINTHIANS E GRÊMIO (DESPREZADOS PELA MAIORIA) VÊM FORTE NA DISPUTA PELO TÍTULO…
JÁ O SANTOS, A CBF – COM A CONIVÊNCIA DOS DIRIGENTES – MATOU QUALQUER CHANCE DE O CLUBE ALMEJAR ALGO MAIOR NO CAMPEONATO…
Concordo, Emerson Figueiredo!
Nunca gostei desta frase, mas acho que neste ano realmente estamos nivelados por baixo, não temos nenhuma equipe minimamente confiável no Brasil. Todos estão fracos.