Créditos da imagem: Montagem / No Ângulo
Na semana passada o repórter trazia a informação: O Corinthians finalmente entendeu que precisa urgentemente de um novo atacante, mais efetivo do que os que hoje tem à disposição. O nome da vez era Marco Ruben, argentino do Rosario Central, de 31 anos. Em outros tempos não seria nem cogitado para jogar em um time da grandeza do Corinthians nas condições e preços propostos. Hoje, porém, seria uma boa não só no Timão.
O São Paulo também depende de um argentino, o goleador e instável Calleri. Nas suas ausências (que não vêm sendo raras), poucos gols e muito sofrimento com o incompreensível Alan Kardec. Pouco para o São Paulo.
O Santos, por sua vez, encontra a figura do goleador em um veterano outrora renegado no futebol brasileiro. Ricardo Oliveira já sente o peso do tempo com as recentes lesões, tendo na sua ausência a novidade Rodrigão, que apesar dos recentes gols marcados, tem muito a provar ainda. Joel já mostrou a que veio, e veio para pouco…
O Palmeiras também recorreu ao expediente de estrangeiros e veteranos, com Barrios, Cristaldo e Alecsandro, mas só parece ter encontrado resultado em uma solução caseira: Gabriel Jesus.
Solução que o Corinthians também podia ter encontrado em Gabriel Vasconcelos, mais uma vez emprestado para ganhar “rodagem”. Difícil entender, mas a maioria dos grandes times brasileiros hoje vive uma escassez alarmante de artilheiros, tendo que recorrer constantemente a medalhões caros, ou estrangeiros mais valorizados do que deveriam.
Creio que esse seja um dos problemas capitais que impactam inclusive a Seleção Brasileira. Há nitidamente um problema de formação nas categorias de base, que acabam priorizando a força física em detrimento ao talento. Há também problemas no elenco profissional dos times, que acabam preferindo soluções “infalíveis”, em vez de apoiar promessas. Há tempos que apenas jogadores brasileiros defensivos (à exceção de Neymar) figuram entre os melhores do mundo.
O resgate do futebol brasileiro passa certamente pela formação mais adequada de jogadores talentosos também no ataque, pois futebol ainda vive de gol. Até lá, o Corinthians que se contente com Marco Ruben…
Realmente, Matheus Aquino, a coisa anda feia! Para exemplificar, no ano passado o Ricardo Oliveira foi artilheiro com 20 gols, e em 2014 o Fred foi com 18 gols. Não bastassem serem dois veteranos, são números muito baixos para um campeonato que tem 38 rodadas.
Desde 2004 (Washington, com 34 gols) o Brasileirão não tem nenhum artilheiro com mais de 30 gols. Ou seja…
Belo ponto, o que me reforça a ideia que é um problema sério de formação dos nossos jogadores na última década. Me anima um pouco essa geração com Jesus, Luan Gabriel… Torçamos!
Que venha o Marco Ruben!