Créditos da imagem: fifa.com
Falar em arbitragem é colocar a mão em um vespeiro. De todo lado vem ferroada e o consenso é difícil. Não são poucos os times que miram nos juízes para explicar suas mazelas e resultados, com e sem razões aparentes. Reclamações de faltas e pênaltis não marcados são constantes. Mas sem buscar uma única resposta, nossa ideia é apenas dar uma rasante sobre algumas questões, pois o assunto rende (e muito!).
A tecnologia como aliada
A Escola Nacional de Arbitragem defende o uso da tecnologia para a evolução e modificação das atuais regras do futebol brasileiro no que se refere ao trabalho da arbitragem. Durante o Seminário de Arbitragem realizado pela CBF no Rio de Janeiro, em 07/08/2015, foram feitas declarações interessantes, em especial sobre o futuro das regras de arbitragem. Segundo Manoel Serapião, instrutor técnico da referida Escola, “o mundo evolui, tudo evolui e as regras têm que sair desse conservadorismo”. Ele admite que muita coisa precisa ser modificada, citando como exemplos questões envolvendo faltas, impedimentos, reinício de jogo e disciplina, mas defende “fundamentalmente a tecnologia, não para interferir na forma de atuação do juiz, mas para evitar lances em que a partida tenha seu resultado modificado por um erro de claro da arbitragem, seja por deficiência técnica do árbitro ou impossibilidade humana de verificar o lance”, argumenta.
Já evoluímos com a Súmula Eletrônica, saudada pela agilidade em reunir dados da partida e que abrange vários controles dentro e fora das quadras, agregando consistência e confiabilidade às competições, além de atender ao Estatuto do Torcedor.Ainda é pouco
Em entrevista à revista Placar, o ex-bandeirinha Roberto Braatz afirmou há algum tempo que há mecanismos para aprimorar a visão periférica. “Treinamos com aproximação e distanciamento de objetos em deslocamentos rápidos.” Mesmo assim, concorda que há lances impossíveis de marcar com exatidão. “Digo que um bandeira tem de ser como aquele craque capaz de ver lances impossíveis aos atletas comuns”. Na mesma entrevista, o ex-juiz Renato Marsiglia, hoje comentarista de arbitragem, brincou ao comentar que “o bandeira ideal tem de ser estrábico”.
De acordo com informações da Comissão de arbitragem, repassadas pela assessoria de imprensa da CBF, hoje estão cadastrados e aptos para exercerem suas funções 205 árbitros, sendo 13 mulheres e 303 árbitros assistentes, sendo 56 mulheres.
Para fazer parte das Federações de Futebol brasileiras, o candidato a juiz deve possuir diploma de segundo grau e se submeter a uma prova escrita, avaliação do perfil físico e diagnóstico psicológico para então fazer o curso de árbitros, que tem duração mínima de um ano. Só depois de cumpridas essas etapas ele estará apto a atuar em partidas de futebol oficiais de todo o país, ainda segundo informações da Confederação Brasileira de Futebol. A FIFA também exige que os árbitros falem Inglês para exercer sua função.Como surgiu o juiz?
Nos primórdios do futebol, pasmem, eram os próprios jogadores que acusavam as infrações, pois os ingleses acreditavam no cavalheirismo de quem participava do jogo. Mas mesmo entre os britânicos havia os espertinhos que queriam levar vantagem e ladinamente deixavam de acusar suas infrações, criando problemas.
A solução surgiu em 1878 quando a Liga Inglesa decidiu pela colocação em campo de mais um participante, o referee, encarregado de apontar as faltas. Para assinalar o jogo faltoso, o referee ganhou, como equipamento, uma bandeirola vermelha de 15×15 centímetros. Três anos depois, isto é, em 1881, a bandeirola foi posta de lado, sendo substituída pelo apito, instrumento que ao ser usado interrompia com maior facilidade o jogo. Essa evolução ganhou maior força a partir de 1894, quando se determinou que, as decisões do referee eram irrecorríveis. No Brasil, durante longo tempo, esta figura suprema dentro de campo foi chamada de juiz. A partir de 1964, com o regime militar, as autoridades recomendaram à imprensa que, para diferenciar o juiz de futebol do magistrado, se usasse outra designação surgindo, assim, a de Árbitro, adotada nos dias atuais.
Após essa contextualizada sobre o tema, o No Ângulo em breve publicará a coluna da leitora Luciane Lauffer, árbitra de futebol desde 2013, que tentará mostrar como é estar “Do outro lado do apito”. Continue nos prestigiando e não perca!
E é um bicho kkkkkk feioooo.
Ne3o vou discutir o lance, nem se e9 falta ou ne3o. (embora tenha a minha opinie3o)Varela, digo-te aaneps que este veddeo e9 bom para ilustrar a conversa que tive9mos durante o Mundial sobre o recurso e0s novas tecnologias. Repara que o teu veddeo nos de1 dois planos de imagem. Num Cardozo parece tocar com a me3o, noutro parece sf3 tocar com o peito. Qual e9 o e2ngulo correcto para a avaliae7e3o? (eu desconfio qual seja, mas isso nem e9 relevante) Este lance, como o do Nuno Gomes em Setfabal he1 uns anos (tambe9m a queste3o bola no peito/bola na me3o) serve perfeitamente para mostrar que o recurso ao veddeo ne3o garante nenhuma consensualidade, ne3o garante nenhum rigor, ne3o afasta qualquer suspeie7e3o. NT
O uso da tecnologia se faz urgente. A da linha do gol já era pra ser implantada, ao menos, nas primeira e segunda divisões.
Verdade que essa polêmica é a menor delas, mas é a de mais fácil solução.
Outra ferramenta é uniformizar os critérios. Não pode um árbitro “marcar tudo” e o outro deixar correr. Tem que ter uma determinação só.
Já a questão do impedimento, creio haver uma intransigência por parte dos atletas/treinadores/cartolas e também da imprensa e da torcida: simples há lances impossíveis de serem marcados pelo olho humano.
A melhor saída que já pensei e dar aos bandeiras a recomendação de deixar seguir esses lances e, em caso de gol, a equipe que sofreu poder contestá-lo uma, duas ou três vezes por partida.
Fazer igual tem na Superliga de vôlei, implantar o sistema de “desafios”