Créditos da imagem: Frogx3
A Juventus surpreendeu. Num mundo de tradicionalismo, de hinos e escudos cada vez mais antigos e que nos remetem a tempos militarizados, um dos maiores clubes da Europa resolveu ousar: numa transfiguração total, a Juve deixa de lado o círculo ovalado que há mais de um século carregava em seu peito em troca de um símbolo novo e, no mínimo, diferente.
Trocar de escudo não é exatamente uma surpresa para os torcedores da Juve. Desde seu nascimento, em 1897, o maior campeão italiano alterou seu escudo nada mais nada menos que nove vezes. Com exceção de um símbolo equino (parecido com o da Ferrari) que durou de 1979 a 1990, em quase todas, a forma principal se mantinha, com apenas algumas alterações de bordas e de seus preenchimento.
Mas agora, uma mudança total.
Pode parecer estranho que exatamente a “Velha Senhora” seja uma das primeiras a mergulhar neste mundo novo 2.0, no qual tudo se encaminha em direção ao moderno, mas a Juve, bicampeã europeia, talvez seja um dos times europeus que mais se mexem frente a essa nova era de modernização do futebol internacional. Com uma das melhores arenas da Europa, o clube hoje está há anos-luz de seus rivais italianos – não à toa é o atual pentacampeão em seu país -, e colhe frutos de uma gestão que não se paralisou frente à estagnação do futebol de seu país.
Mas tudo ia extremamente muito bem até o início desta semana quando seu presidente Andrea Agnelli deu um passo a mais para cumprir sua promessa de inserir a Juve no que chamou de “nova era”: a mudança completa no escudo. Não me surpreende o tamanho do pano pras mangas criado pelo presidente: a drasticidade da nova mudança ultrapassou os limites até então interpostos para a modernização do futebol.
Explico. Falo de drasticidade, pois vale lembrar que no início desta temporada os ingleses do Manchester City também promoveram uma mudança em seu escudo, bem como os rivais da Inter de Milão o fizeram na década passada e outros times o tem feito com certa periodicidade. Mas o novo símbolo da Juve em nada tem a ver com o que já vimos no mundo do futebol: um J de linhas duplas que num primeiro momento nos remete a uma letra do alfabeto chinês.
Um ponto fora da curva é sempre uma incógnita e seus resultados são sempre inesperados. É possível que o susto causado pela mudança posteriormente enalteça o pioneirismo e a coragem de um clube do tamanho da Juventus, mas é impossível prever se o clube se manterá isolado neste novo passo ou se servirá de exemplo para que mais equipes possam alterar os traços tradicionalistas de seus escudos e também de seus hinos.
Fato é que entre a estagnação e a caminhada rumo ao novo, fico com a segunda, já que a mudança de símbolo em nada fere a sua história, tampouco o tamanho de seu futebol. Mas por todo o borburinho que vimos nestes dias na internet e nos tabloides internacionais, a única coisa que fica é a pergunta: quais vantagens e desvantagens a Velha Senhora colherá disso tudo? Isso apenas o tempo – e o mundo moderno – dirão.
Esse escudo novo ta uma porra
Ótimo tema, Jorge Freitas! Olha, eu realmente não consigo ver sentido nessa transformação. Acho que associações centenárias como clubes de futebol têm outro caráter, é como a bandeira de um país. Não vejo nenhum país por aí reestilizando sua bandeira, você vê? 😛
Gabriel Rostey, acho bacana a mudança de escudo. Não gosto muito dessas coisas antigas e que parecem estáticas. Mas não nego que a Juve extrapolou o limite da mudança por ter descaracterizado o escudo.
O interessante é que o “choque” acontece apenas em nós, de fora da Itália. Para os torcedores de lá o J é o simbolo que caracteriza a Juventus, como o JStadium.
Talvez passado o susto, a gente se acostume.
Até o dos anos 90 era melhor
Não gostei do meio é melhor
Fico zuado
Maior cagada q eu já vi!
Ata
Isso foi um plágio ao logo da Lupo. Kkkk
Horrível
Essa foi a pior ideia que o deparamento de marketing da Juventus teve. Ficou horroroso. Por isso que sou conservador e adoro o tradicional. Por mim o que original nunca seria alterado.
siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii