Créditos da imagem: AFP / Vanderlei Almeida
E Adenor Bacchi segue agora rumo ao maior desafio de sua carreira: assumir a Seleção Brasileira de tantas glórias no momento de maior crise técnica, ética e moral de toda sua história. Conhecimento não falta, currículo tampouco, e Tite é mesmo a melhor escolha para comandar a Amarelinha. Na verdade já era, há dois anos, quando inexplicavelmente Dunga retornou. Se bem que completar o ciclo de quatro anos à frente do Escrete Canarinho nunca foi sinônimo de sucesso, pelo contrário: Vicente Feola, Aymoré Moreira, Zagallo, Parreira e Felipão, os cinco campeões do mundo, assumiram no meio do caminho e enfrentaram grandes percalços. Porém, creio eu, nenhum comparável ao que Tite terá que vencer.
Primeiramente, acho importante dizer que Tite tinha o direito de assumir a Seleção, mas jamais o dever. Ninguém com o mínimo de integridade tem que por patriotismo se submeter aos desmandos do pessoal que comanda a CBF. Muricy, há 6 anos recusou, com toda razão. Tite assume com toda razão do mundo também. Ele pode ser o início da solução, mas tem que tomar alguns cuidados.
Tite é parte da solução, isso é fato. O que ele não pode é cair no conto do vigário do “Salvador da Pátria”. Mágica não será feita com uma estrutura tão corrompida e defasada. Basta lembrarmos que Felipão assumiu essa figura em 2013, e deu no que deu. Cabe a Tite apresentar um projeto, trabalhar nele, mantendo sua coerência e fazendo os jogadores acreditarem, o resto é resultado de trabalho. O treinador não entra em campo, mas essa geração não me parece a pior de todos os tempos, ainda que só tenhamos um verdadeiro craque (que tem lances de Garrincha e postagens de mané…).
Resta-nos torcer para que o titês convença a boleirada, e desejar que esse professor ajude a ensinar mais que futebol. Com ética e competência, Tite pode mostrar que ainda há esperança. Boa sorte, professor!
Concordo, Matheus! E é importante que não sejamos imediatistas com ele também (até porque as duas primeiras partidas serão bem complicadas). Nós brasileiros temos um talento enorme para nos desiludirmos e passarmos a achar a pessoa um mar de defeitos, rs…
Acredito que fará bom trabalho e classificará a seleção, sem grandes apertos. Não pode mesmo ser visto como salvador. Nem se deve esperar espetáculos – a safra é ruim