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Quando reforçar os adversários é preciso
Na adorável temporada europeia que acabou no final do último mês, várias das melhores surpresas surgiram no belo time holandês do Ajax, que encantou o mundo com jogadores jovens e veteranos bem entrosados.
Dentre os jogadores mais novos, De Jong já está fechado com o Barcelona, e De Ligt, cobiçado por tantos, estaria perto de fechar com o PSG.
Seria mais um jogador caro num renomado elenco, que já conta com nomes de peso e se distancia cada vez mais dos seus rivais domésticos.
No entanto, se dentro da França o PSG está a anos-luz de qualquer adversário, fora da Europa tem colecionado vexames e não passa de um time ordinário, mas com muito dinheiro no bolso.
Não é novidade que muito o que um time consegue alcançar no exterior é reflexo também do que ele conquista dentro de casa, mas é necessário contrabalanço.
O PSG, ao se tornar cada vez mais imponente na França e ao investir valores milionários para melhorar cada vez mais seu time, dá um verdadeiro chutão na competitividade caseira.
E é exatamente aí que mora o perigo. Quando um time tem um campeonato nacional fraco ele tende a chegar também enfraquecido nas competições internacionais, algo que tem sido provado pelo próprio clube francês e, também, pelas equipes inglesas, que passaram a dominar a Europa depois de um processo de fortalecimento interior.
Quando o clube tirou Mbappé do rival Monaco, fortaleceu-se como elenco, mas perdeu competitividade nacional, o que dificultou a participação da equipe num continente cada vez mais forte e multi-polarizado.
Com isso, o clube, ao mesmo tempo em que sobra, acaba por fragilizar o campeonato francês e sua própria capacidade de encarar alguns poderosos adversários internacionais.
Ademais, a tendência é que, com o tempo, jogadores de maior qualidade evitem ir para o time francês, vez que o clube não enfrenta qualquer nível de competitividade em seu território e, por vezes, finaliza a sua temporada já nas oitavas de final da Liga dos Campeões.
Ou seja, o PSG deveria considerar investir seus dólares em adversários para fortificar o próprio campeonato francês. Seria como investir em si mesmo -e até poderia custar um o outro título nacional-, mas daria força para alcançar a tão sonhada Champions.
Caso contrário, correrá grande risco de seguir sendo apenas um pobre time rico, incapaz de impor respeito no continente mesmo com tantas estrelas em campo.
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