Créditos da imagem: Cesar Greco / SE Palmeiras
A CBF está mesmo decidida a começar o Campeonato Brasileiro, séries A e B, nos dias 9 e 8 de agosto, respectivamente. Com clubes de várias regiões treinando há algumas semanas e os de São Paulo há alguns dias, o desequilíbrio técnico e físico pode aparecer nas primeiras semanas em desfavor dos times paulistas.
O problema maior não está em iniciar o campeonato nacional nesta data, afinal, mesmo para Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, haveria mais de 40 dias de treinamentos, suficiente para o reinício de uma temporada, mas sim em terminar o campeonato estadual, que ainda conta com pelo menos seis datas a jogar (espera-se que quartas e semifinais sejam em jogo único).
Por isso, o melhor cenário para este momento, do ponto de vista paulista, é esquecer o fim dos estaduais por enquanto, levando o foco total ao Brasileirão. Dessa forma, aos times grandes será possível realizar uma pré-temporada completa, enquanto aos pequenos não haverá a necessidade de formar times apressadamente e desmanchá-los em agosto.
Assim, a ideia é que se jogue o nacional até fevereiro de 2021, emendando diretamente com as datas restantes do Paulistão/20, seguido de duas semanas de folga e retorno para o estadual de 21. Com isso, os times do interior, que possuem calendário bem menor, podem montar uma equipe no início do ano que vem a fim de se preparar para o resto do campeonato deste ano e para o estadual da próxima temporada.
Com a pressão de clubes cariocas, gaúchos e mineiros para o retorno do futebol no país, ficará difícil aos paulistas se oporem ao começo do Brasileirão, mesmo sendo o estado o maior campeão do país.
De fato, fazer uma pré-temporada digna, terminar o Paulistão e começar o Brasileirão em 30 dias é impossível.
Esse provavelmente é o melhor cenário para os clubes paulistas: deixar o resto do Paulistão para o ano que vem, como desfecho de temporada.
Não ficaria tão ruim terminar com um clássico valendo um título.