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Como tem sido comum nos últimos anos, o Atlético-MG, mais uma vez, fará um duelo decisivo em casa, desta vez diante dos chilenos do Colo-Colo, pela Libertadores.
Ao Galo, só a vitória por dois gols de diferença interessa. Atual terceiro colocado do grupo, com seis pontos (contra nove do Santa-Fé e do próprio Colo-Colo), apenas essa matemática bastará para classificar a equipe mineira, pelo saldo de gols.
Para essa difícil (mas factível) missão, não me surpreenderia se os “deuses do futebol” novamente escolhessem Guilherme como o jogador responsável a liderar o seu cumprimento. O hoje meia-atacante do Atlético, após recuperar-se de mais uma de suas infindáveis lesões (um pecado, pois entendo que teria potencial técnico para vestir a camisa da Seleção Brasileira, assim como os fisicamente “problemáticos” Amoroso, Pedrinho, Nilmar e outros tantos que até jogaram com a amarelinha, mas não puderam ter uma carreira à altura da expectativa criada), voltou à equipe e foi responsável direto pela classificação do seu time para a final do campeonato estadual, eliminando o Cruzeiro, clube que o revelou.
Aliás, após ter surgido muitíssimo bem como atacante na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2007, quando a Raposa sagrou-se campeã vencendo o São Paulo na final, Guilherme rapidamente firmou-se na equipe titular do elenco profissional, em 2008, tendo sido destaque no terceiro lugar obtido por sua equipe no Brasileirão daquele ano, a ponto de ser negociado em 2009 com o Dínamo, de Kiev. Sem grandes atuações pela equipe ucraniana, o então jovem de 20 anos foi emprestado ao CSKA Moscou, onde reencontraria o seu bom futebol e atuaria até 2011, ano de sua contratação a peso de ouro pelo Atlético-MG.
Embora não seja uma unanimidade sequer dentro do próprio clube (teria quase sido negociado com o Santos no início do ano corrente), Guilherme chama a atenção por sua “estrela” e é considerado uma espécie de talismã da equipe mineira. Em 2013, fez aquele que talvez tenha sido o gol mais importante de toda a trajetória do título da Libertadores (gol aos 50 minutos do 2º tempo contra o argentino Newell´s Old Boys que levaria a disputa aos pênaltis e culminaria na classificação do Atlético à final e posterior conquista do título); em 2014, dois gols na histórica virada (4 x 1) contra o Corinthians pela Copa do Brasil, que também terminaria com o Galo campeão; e, agora em 2015, foi decisivo contra o líder Santa-Fé, na Libertadores e, na semifinal do Mineiro, criou as jogadas dos dois gols do excelente Lucas Pratto, na vitória por 2 x 1 contra o arquirrival.
Atuando mais recuado, de maneira mais cerebral, Guilherme tem dado um toque de classe e objetividade ao meio campo do Atlético, tendo conseguido até substituir a contento o ídolo Ronaldinho Gaúcho, por ocasião de sua ida ao futebol mexicano.
No jogo contra o Colo-Colo, com a suspensão do marcador Leandro Donizete (é mesmo um predestinado!), deve atuar preenchendo os espaços do meio de campo, sendo combativo e se apresentando na frente, invariavelmente criando jogadas de perigo, com o seu instinto agudo de atacante que atua como meia.
A propósito, respeito e admiro jogadores com essa versatilidade, mas apenas aqueles que verdadeiramente jogam bem nas diferentes posições que se propõem a atuar (Lahm, o craque alemão, é um paradigma) e não pelo simples fato de toparem “quebrar o galho” dos “professores”.
Na mesma linha de Guilherme, outro atacante de origem que chama a atenção e sabe desempenhar muito bem essa função de “armador” e jogador pensante, é o grandalhão – mas muito técnico – Alan Kardec, do São Paulo, que, até se contundir, era subaproveitado no elenco tricolor. Mas isso é assunto para uma outra oportunidade.
Pela força da torcida, pelo “caráter” do time nas façanhas dos últimos anos, pela ousadia do seu técnico, pelos desfalques do adversário (cinco estariam confirmados, podendo chegar a sete), e pelo “Fator Guilherme”, penso que o Galo ainda deve cantar alto nesta Libertadores. A verificar se o suficiente para espantar o ameaçador (?) “cacique” chileno.
E segue o jogo.
Colo-colo 3×1
Hoje o Atlético ganha e se classifica! E vai ser difícil alguém conseguir segurar esse time embalado. Além de Guilherme, Luan e cia, o time tem a dupla argentina Dátolo e Lucas Pratto, reconhecida e temida pelos adversários. EU ACREDITO, GALO!!!
Vai colo colo
A Q E GALOOOO 2X0 !! COLO-COLO E O CARAMBA!!
Galo 2×0 marias colo!!