Créditos da imagem: Blog do Adilson Dutra
Por Ademir Tadeu
No mês de maio de 2015, o laureado jornalista miracemense José Maria de Aquino, foi homenageado pela Câmara Municipal de Miracema com a Comenda Dirceu Cardoso. Por motivos particulares, ele não pôde comparecer ao evento. A Comenda foi entregue em mãos, em junho daquele ano, em São Paulo, por mim e seu amigo, o jornalista Adilson Dutra, que o representou na solenidade.
Radicado na capital paulista desde a década de 50, esse ícone do jornalismo esportivo, profissional ético e de extrema competência, que é formado em Direito, iniciou no Jornal da Tarde a sua brilhante carreira. Ganhou o “Prêmio Esso de Jornalismo” em duas oportunidades, sendo o primeiro em 1966, com a equipe do Jornal da Tarde, na reportagem sobre o casamento do Rei Pelé e, em 1969, com a matéria “o jogador é um escravo”, ao lado do saudoso e também jornalista Michel Laurence.
Trabalhou na revista Placar desde a sua fundação, em 1970, até o ano de 1982, quando deixou a revista para assumir o seu posto na Rede Globo, que o havia contratado. Foi um dos comentaristas na Copa de Mundo de 1982, na Espanha, e por muitos anos trabalhou na referida emissora, onde também foi chefe de redação.
Depois foi para o jornal O Estado de São Paulo e esteve no canal por assinatura SporTV, onde comandava até pouco tempo atrás o Programa Camarote do Premiere FC, ao lado de Jorge Luiz Rodrigues, entrevistando presidentes de clubes. Além de Copas do Mundo, cobriu Olimpíadas e fez diversas matérias no exterior.
Apesar de ausente fisicamente de sua querida Miracema, nunca deixou de mencionar a “Santa Terrinha”, como ele gosta de dizer, que sempre faz parte de suas crônicas, com personagens e causos da sua infância aqui vivida. Em uma edição de novembro de 1978, da revista Placar, no início de sua matéria sobre a Taça Cidade de São Paulo ele escreveu: é hora de lembrar o velho Jair Polaca, sentado num caixote do botequim do Farid e falando do alto de sua sabedoria cabocla: “quem cabras não tem e cabritos vende…”. Ou seja. É hora de se ver quem tem time para chegar e merecer o título, e quem está apenas enrolando.
Através de contatos por e-mail e pelo facebook, consegui de alguns de seus inúmeros amigos de profissão, mensagens de carinho para homenageá-lo. Foi muito gratificante saber o quanto ele é querido. A emoção, ao receber a Comenda e as mensagens, ao lado de sua esposa Kátia, foi algo indescritível.
SILVIO LANCELOTTI
Zé Maria, meu irmão de profissão e de alma: fora o Gigio, meu irmão de sangue, você foi o primeiro cara com quem eu dividi um quarto na minha vida. Lembra-se do brado de “Arauta, araruta, eh eh, filho da…”, no México-70? Um grande abraço a você. Pudesse, estaria aí!
MAURICIO NORIEGA
Quando comecei a trabalhar no SporTV e como comentarista, fui ao José Maria de Aquino, que era consultor do canal, pedir uma opinião. Conhecia o Zé desde moleque, ele era amigo do meu pai e estudei com o filho dele. Sem nenhum ar de arrogância, mas com a sinceridade necessária, ele me deu dicas preciosas que procuro utilizar até hoje!
ROBERTO THOMÉ
Falar do Zé Maria é muito fácil. Ele foi o cara que me recebeu de braços abertos quando cheguei a São Paulo vindo de Porto Alegre há mais de 30 anos. Além de chefe de reportagem, foi o mestre com quem aprendi grandes segredos da profissão e o amigo de todas as horas. Um cara inteligente, sensível. Zé Maria, com certeza, está na lista dos maiores jornalistas deste país.
JORGE LUIZ RODRIGUES
José Maria Aquino foi uma referência para mim nos quase três anos em que dividimos a bancada do Camarote, do canal Premiere, da Globosat. Suas histórias, a tranquilidade, a vivência e o respeito sempre marcaram a condução serena do Zé, sem deixar de ser contundente nos momentos em que se fazia necessário. Passei a admirá-lo também como pessoa, daquelas que temos prazer em encontrar e reencontrar.
LUIZ CEARÁ
O nome José Maria de Aquino fazia tremer os joelhos dos estudantes de Jornalismo que queriam ser do esporte. Quando chegou a minha vez, na TV Globo, fiquei sem fala. Ele era dos grandes e é, ainda hoje. Eu continuo seu fã, mas hoje sou um cara agradecido por ele ter me orientado, durão, mas generoso em dividir sabedoria. José Maria de Aquino é meu querido chefe e sempre será, e mais que isso, hoje é meu amigo, coisa de família.
Vocês estão diante de um grande homem. Um beijo, chefe.
OCTÁVIO TOSTES (Jornalista miracemense que trabalha na Rede Record, de São Paulo)
O bom filho da Santa Terrinha, José Maria de Aquino é o jornalista de quem mais ouvi falarem bem nas redações do Rio e São Paulo. Elogiam o repórter preciso. O editor ponderado. O chefe humano. E o homem de caráter admirável. Os mais próximos o chamam de “seo Dotô”. Uma brincadeira com o fato de ele ser também advogado. José Maria engrandece Miracema. A sua “Santa Terrinha”, como ele diz – sempre com saudade.
FERNANDO VANNUCCI
José Maria de Aquino, um dos mais importantes companheiros que tive em minha vida profissional. Aprendi muito com ele, sempre tranquilo, calmo, com aquela fala mansa, mas cheia de experiência. Parabéns e um grande abraço Zé. Deus lhe abençoe.
JOÃO PALOMINO
José Maria de Aquino é daquelas raras almas do jornalismo esportivo que vê o passe, não só o gol. Vê o grito do torcedor, não só o murro no alambrado. Vê o suor e a lágrima misturados ao que o esporte tem de melhor. A sintonia do esforço e da vitória. Relata um time olhando além do que só o que pode produzir dentro de campo. Relata o time pela alma provocativa da paixão. E na paixão ele se formou um dos grandes nomes do jornalismo esportivo brasileiro. Referência como poucos são. Para que nós, pobres aspirantes a jornalistas, possamos apenas reverenciar, aplaudir e tentar sermos um pouquinho dele.
MAURO NAVES
Na minha formação profissional aprendi com muitos professores. Mas mestre, na essência da palavra, apenas um: José Maria de Aquino! Dele carrego, ao longo desses anos, muitos ensinamentos. Entre eles, um que nunca me esqueci e também não abro mão: “Jornalista vive de credibilidade!”
E o coração dele é tão grande que tenho certeza que se um dia, parodiando Carlos Drummond de Andrade, eu disser que a festa acabou, a luz apagou, e perguntar: – E agora José? Vou receber dele um afetuoso e protetor abraço! José Maria de Aquino: um ídolo, um guru, um mito do jornalismo!
Retirado do Blog do Adilson Dutra
Parabéns, mestre José Maria de Aquino. O senhor é realmente admirável. Obrigado pela amizade, pela inspiração e pelo prazer constante que é poder desfrutar no dia a dia da sua leveza e bom humor (além da conhecida competência). Um abraço com todo carinho e gratidão. 😉
Valeu. Sempre. Abração
Sempre fui fã! Parabéns ao José Maria de Aquino e a todos do site (de excelente conteúdo).
Obrigado Ricardo. A gente tenta, Às vezes a certa. absss