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Quando a UEFA anunciou a criação da Nations League, pensei de cara que se tratava de uma medida descabida da entidade ao criar uma competição que parecia sem sentido algum.
Parecia!!!
Minha opinião mudou antes mesmo do fim da primeira fase da primeira edição dessa nova competição. E vou além: a Nations League poderá criar um abismo ainda maior entre o futebol disputado na Europa e o futebol sul-americano.
Enquanto Brasil e Uruguai se enfrentavam em um amistoso frio na distante Londres, as maiores forças europeias digladiavam em jogos que mais pareciam disputas de Copa do Mundo. De amistosa, a Nations League não tem nada.
E esse caráter competitivo ao qual as seleções europeias estarão sempre submetidas deverão fazer diferença nos próximos mundiais (detalhe que a Europa já conquistou as 4 últimas Copas. Mas a supremacia deve aumentar ainda mais…).
Enquanto isso, no Brasil, o Campeonato Brasileiro chega próximo de seu encerramento de maneira melancólica, com um nível de futebol abaixo da crítica ao longo de toda a competição.
Dorival Júnior, técnico do Flamengo, disse, com razão, na semana passada, que muitos jogadores que estão na Serie A possuem nível de segunda divisão, e que muitos que estão na Série B não teriam condições sequer de serem profissionais.
Infelizmente, a discrepância técnica entre os jogos de alto nível da Europa e os principais jogos do Brasil nos coloca em pé de igualdade com o que há de pior no mundo quando o assunto é futebol.
Em paralelo à nossa sofrível pobreza, a Nations League parece surgir como o catalisador de nossa humilhação futebolística.