Créditos da imagem: EFE
O ano era 2005. Sem TV a cabo em minha casa, não podia acompanhar tão de perto o que faziam os grandes jogadores brasileiros e mundiais por seus times na Europa. Na grande maioria da vezes, via-me dependendo da transmissão de alguns poucos jogos em TV Aberta para acompanhar mais de perto as belas jogadas dos Ronaldos, de Zidane, Figo, Beckham, Seedorf e tantas outras estrelas.
Particularmente, não gostava de perder nenhuma dessas oportunidades, mesmo que o futebol nacional, em decadência, ainda me chamasse mais atenção.
Naquele ano, mais precisamente no dia 19 de novembro, tive uma das oportunidades mais inesquecíveis de minha vida de torcedor. Real Madrid, dos galáticos, entrava em campo, em pleno Bernabeu, para receber o então grande time do momento e que apresentava, provavelmente, o futebol mais vistoso do mundo: o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Deco e Samuel Eto’o.
A promessa de grande jogo me colocava à frente da TV, sem ter exatamente para quem torcer, apenas na expectativa de ver algo diferente do que eu podia ver nos jogos do Campeonato Brasileiro.
E foi naquele dia, há 14 anos, que um Bruxo se consolidou como um dos maiores jogadores de todos os tempos. Já campeão mundial com o Brasil, Ronaldinho Gaúcho teve atuação emblemática, inesquecível, sensacional e de qualquer outro adjetivo que você queira usar desde aquele momento até hoje.
Com dois golaços, Ronaldinho foi aplaudido de pé por toda a torcida do rival Madrid, numa ilustração do que todos os verdadeiros amantes do futebol mundial faziam naquele mesmo momento. Em suma, o torcedor merengue representou, naquele momento, o mundo do futebol, ao deixar de lado qualquer rivalidade para se render a quem levava o futebol ao seu ápice.
Foi realmente genial, coisa de bruxo.
Foi memorável!
Eu, aos 12 anos, via a maior atuação da história de um jogador. 14 anos depois, nada mudou.