Créditos da imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem
Um ídolo nacional
Quem viu aquele menino chegando para treinar na Gávea pela primeira vez não poderia imaginar que ele se transformaria num jogador modelo, uma referência mundial de atleta que aliaria talento e profissionalismo. Pois ainda adolescente Zico chamava a atenção pela sua habilidade, mas o seu físico em nada o credenciava. Era baixo, magro e tinha sérios problemas nutricionais. Parecia, enfim, ter muito menos do que os seus 14 anos. Diante dessa primeira dificuldade, começou a ser forjada uma carreira emblemática. O Flamengo ofereceu todo o apoio e Zico, desde o primeiro instante, não decepcionou.
Em 1º de outubro de 1967, há exatamente 50 anos, no seu primeiro jogo pela escolinha do Flamengo, ele marcaria dois gols na vitória de 4 a 3 sobre o Everest. Além do empenho em campo, o menino mostrava uma incrível determinação fora dele. Dedicava-se de corpo e alma aos exercícios que lhe dariam a estrutura física necessária para enfrentar o tranco dos seus marcadores. Era como um diamante bruto que progressivamente era lapidado para, no futuro, encantar os torcedores e amantes do futebol.
Com o passar dos anos, Zico se tornou um craque completo. Um camisa 10 habilidoso, artilheiro, perfeito em todos os fundamentos do futebol. E o mais importante: um exemplo para todas as gerações. Suas atitudes coerentes, seu respeito pelos torcedores e adversários, seu amor ao futebol, seu espírito de superação diante dos obstáculos são características que o elevam à condição de um dos maiores ídolos do esporte.
Com a camisa do Flamengo, da Udinese, da Seleção Brasileira e do Kashima Antlers, do Japão, Zico encarnou como poucos a essência do verdadeiro atleta. Ele deu à profissão de jogador de futebol uma nova dimensão.
Da minha geração – acompanho futebol desde os anos 70 – foi o maior jogador brasileiro que vi em ação. Apesar de torcer por um time rival, nunca tive problemas em declarar a minha admiração pelo atleta Zico e pelo ser humano Arthur. Aprecio o bom futebol e sei reconhecer e dar o merecido valor a quem de direito. E o Zico é merecedor desse reconhecimento. Um ídolo do futebol não pode ser apenas de uma torcida, qualquer que seja a camisa que tenha vestido. Sei que nem todos pensam e veem futebol da mesma maneira, o que é bom e devemos respeitar.
No dia 2 de dezembro de 1989, na vitória de 5 a 0 sobre o Fluminense, na cidade mineira de Juiz de Fora, Zico marcou um belo gol de falta em sua última partida oficial defendendo o Flamengo. Foram 732 jogos e 508 gols marcados, com 434 vitórias, 180 empates e 118 derrotas. Pela Seleção Brasileira seus números são os seguintes: 88 jogos e 66 gols, sendo 72 oficiais, com 52 gols.
Maior jogador de todos os tempos
O PELÉ BRANCO
Não é + Zico, é Zicão, ou é Zicaço, como queiram, não foi você que não teve o prazer de ter sido campeão mundial com a seleção brasileira, foi o mundo inteiro do futebol que não teve o prazer de ter você como campeão mundial, então quem perdeu não foi você, foi o cenário esportivo que sente até hoje a falta desse brilho. Um abraço bem apertado, você sempre vai ter o meu respeito, espero de coração antes de morrer, poder te conhecer. Galinho do Brasil.
CRAQUE DE BOLA, REVERENCIADO ATÉ HOJE NO JAPÃO
[…] Também criou um dos mais famosos apelidos que algum jogador de futebol teve em todos os tempos: “Galinho de Quintino”, direcionado ao eterno ídolo flamenguista Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico. […]