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A temporada do futebol brasileiro começou, e com ela, claro, os prognósticos e palpites precoces. Se os estaduais não são lá grandes parâmetros para o resto das competições, quem dirá a primeira rodada. Ainda assim, dá para notar nesse começo do “campeonato mais charmoso do Brasil” algumas características que poderão se repetir durante a temporada.
Fla e Flu, por exemplo, começaram bem. Mas por motivos diferentes. No clube da Gávea, a vitória por 4 x 1 sobre o Boavista, em Natal, mostrou um time que ainda não se achou taticamente. No primeiro tempo, que terminou empatado em 1 x 1, o experiente time de Saquarema foi ligeiramente melhor. No novo meio-campo rubro-negro, Mancuello e Adryan não convenceram como opções para as tão badaladas “pontas” que Zé Ricardo tanto gosta, o que confirma o acerto na busca por um jogador como Berrío, que chegará para ser titular na direita. Na esquerda, Éverton deverá continuar com a vaga e, para a formação do time titular, pode bastar.
As ações ofensivas ficaram a cargo de jogadas individuais, no que o Flamengo se apoia desde o fim do ano passado. A estreia do lateral-esquerdo Trauco animou a torcida, que tenta esquecer a contestada venda de Jorge. O peruano mostrou talento com a bola no pé, dando duas assistências e marcando um gol, em jogada que Mancuello – pelo centro – teve boa participação.
Guerrero, com a pontaria afiada, e Diego, dominando as ações na meiuca, fecharam o caixão do time de Joel (que, aliás, tem alguns bons nomes e poderá dar trabalho). Com a vitória assegurada pelos talentos individuais, Zé Ricardo terá a calma necessária para trabalhar após uma semana tumultuada. Vai precisar.
No dia seguinte, foi a vez do novo Flu e do nada novo Vasco se apresentarem em um Engenhão vazio. Mais incisivo, rápido e ofensivo, o tricolor de Abel Braga mostrou um plano de jogo bem definido e amassou o Vasco em um 3 x 0 que poderia ser, tranquilamente, 5 ou 6. Se, ao contrário do rival rubro-negro, o Flu não tem tantas peças de qualidade individual, pelo menos parece estar no caminho para acertar um estilo de jogo, principalmente, com uma vontade raramente vista em uma estreia.
Nesse quesito, Abel Braga, ídolo nas Laranjeiras e com experiência de sobra, sai na frente de todos os outros três rivais cariocas. Com conhecimento de causa e de casa, tende (foi só a primeira rodada) a colocar a garotada para correr e se apoiar nas habilidades de Sornoza e Gustavo Scarpa, dupla que qualifica o time. Sem badalação, mas graças ao seu treinador, o Flu é uma incógnita que despertará curiosidade depois da boa atuação de domingo.
No lado preto e branco do Rio, Vasco e Botafogo começam mal. No clássico, o time de Cristóvão sofreu um passeio no primeiro tempo e poderia ter saído com uma goleada histórica na conta. Verdade que no segundo tempo, com as substituições, quase entrou no jogo de novo. Mas de maneira geral, a atuação preocupa muito. A base é a mesma que caiu (lutando bravamente) no Brasileiro de 2015 e que, por pouco, não subiu ano passado. As entradas de Wágner e Muriqui devem dar qualidade ao time, mas a parte defensiva ainda vai preocupar, já que Cristóvão costuma ter dificuldade nesse quesito. Faltam volantes, os laterais não convencem e a dupla de zaga parece ter perdido boa parte do vigor, principalmente graças à idade avançada de Rodrigo.
O caso do Botafogo é mais peculiar. Em dois jogos, perdeu um para o Madureira e empatou outro, com o Nova Iguaçu, quando jogou com reservas. Não mostrou absolutamente nada, mas cá entre nós, nem a torcida liga muito. Afinal, o time de Jair Ventura claramente só pensa naquilo: quarta-feira, o confronto é para valer contra o Colo-Colo, do Chile, no Engenhão. Aí sim poderemos falar da primeira impressão do Botafogo, que vai escapar da “análise precoce de janeiro”.
Começou 2017.
O BOTAFOGO SERÁ O MELHOR TIME DO RIO EM 2017, PODEM ANOTAR
Ótima análise, Caio Bellandi! Eu não sei não, mas acho que o Flamengo tem que ficar de olho para não acontecer neste ano o mesmo que houve com o Grêmio do Roger no ano passado: uma falta de evolução depois de um resultado surpreendente no ano anterior.
O mesmo vale para o Botafogo do Jair Ventura, mas acho que o Botafogo vai vir com a faca nos dentes neste ano e pode surpreender!
Nenê é mas melho
O Vasco é o burro dos clubes brasileiros
É o QPR pobre