Créditos da imagem: Reprodução P. Star
Nesta quarta-feira, a tônica dos tabloides esportivos se dividem entre a glória de Messi e a gigantesca vitória do Ajax. Com um time que mistura juventude com experiência na medida certa, os holandeses alcançaram a semifinal após mais de 20 anos e já despacharam, nesta competição, nada menos do que Real Madrid e Juventus, além de terem dado um trabalhão para os alemães do Bayern, na primeira fase.
O Ajax, que chegou na competição sem alarde nenhum, foi o primeiro clube a mandar Real e Cristiano Ronaldo para casa depois de quase quatro temporadas completas.
Mas é claro que há aqueles que preferem falar da derrota em vez da vitória.
Sim, já há quem critique Cristiano Ronaldo e chame de “fracasso” sua queda nas quartas de final com a Velha Senhora. Embora tenha deslanchado apenas no mata-mata (foi expulso logo na primeira partida da competição), Cristiano conseguiu a façanha de fazer todos os gols da equipe nesta fase, sendo os três da virada épica contra o Atlético de Madri e os dois contra o Ajax, um na ida e outro na volta.
Sim, contratado para fazer gols, Ronaldo cumpriu sua missão. No entanto, uma andorinha só não faz verão, ou melhor, nem só de um jogador se faz um time campeão.
Há pouco tempo, o tetracampeão Bebeto se irritou no programa “Bem Amigos” quando ouviu dizer que Romário havia vencido a Copa de 1994 sozinho.
“Essa coisa de ganhar sozinho não existe. Se não tem um time forte, com base forte, ninguém ganha nada sozinho”, disse, visivelmente contrariado.
Pois bem. Se ninguém ganha nada sozinho, é mais do que óbvio que ninguém perde nada sozinho.
A Juventus, que no ano passado também caiu nessa mesma fase da competição, foi muito mal em pelo menos três dos quatro jogos do mata-mata. Não fosse pelo faro de gol de Cristiano, não teria sequer passado para as quarta de final.
Ao se ouvir tanto que o Gajo foi “incapaz” de conduzir a Juventus ao título, é passada uma impressão de que Cristiano Ronaldo, pelo fato de ser o mais vencedor da história da competição, não pode, de maneira nenhuma, perder a Champions League.
Absurdo e inaceitável.
Aliás, vale lembrar que em seu primeiro ano pelo Real, o português foi “ainda pior” e caiu nas oitavas também para uma equipe “não-favorita”, na época, o Lyon.
Não parece que se fala realmente de Cristiano Ronaldo ao culpá-lo pela derrota. Afinal, a Juve tem um time pesado, com um treinador claramente limitado, que não tem feito mais do que a obrigação no Campeonato Italiano e já caiu fora na Copa da Itália.
CR7 não ganhou as últimas três Champions sozinho. Também não perdeu essa por conta própria apenas.
Sim, equipe conta muito, como disse o importantíssimo para o tetra, Bebeto.