Créditos da imagem: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
A expectativa era grande para o jogo desse sábado à noite, e como tem acontecido neste Brasileirão, foi correspondida. Teve emoção até o fim, bola tocada no chão e grandes atuações individuais, além de muitas oportunidades de gol e times que lutaram pela vitória.
Contrariando as precipitadas previsões apocalípticas feitas após o suposto “desmanche” (que, de efetivo, teve “somente” a inaceitável perda de Guerrero para o Flamengo), o Corinthians prova que é equipe para a disputa do título. Cheguei a ver gente falando em rebaixamento enquanto a equipe circunstancialmente ostentava Mendoza e Romero no ataque (pois Vágner Love estava afastado para condicionamento físico, Luciano na Seleção que disputa o Pan e Malcom na Sub-20) e ainda curtia a ressaca pela saída do ídolo peruano e o clima de “o último que sair apague a luz”.
Com cinco vitórias e um empate nas últimas seis partidas, e um futebol mais solto em relação ao time dos últimos anos (graças às entradas de Uendel e Bruno Henrique nos lugares de Fábio Santos e Ralf, além da movimentação e fluidez de Malcom), Tite está reinventando a equipe que tem tudo para brigar lá em cima até o fim. A defesa é sempre segura; o meio-campo é um dos, senão o melhor do país; o problema é o ataque, mas pode melhorar: Malcom é jovem e voltou recentemente ao grupo, tendo agora a tranquilidade para poder ter sequência e se afirmar; Luciano viverá situação parecida quando retornar do Pan; e se as atuações de Vágner Love realmente dão cada vez menos razões para que o torcedor corintiano tenha esperança, seu histórico como jogador permite isso, e como ela é a última que morre…
Do outro lado, o Galo só saiu engrandecido de campo. Mesmo como visitante, começou a se impor a partir da segunda metade do primeiro tempo e teve o controle do jogo praticamente todo, criando diversas chances de gol. O resultado foi circunstancial, e ainda que se deva considerar a ausência do importantíssimo Jadson para o alvinegro paulista, é bom lembrar que o mineiro esteve sem Dátolo e praticamente não contou com Luan.
Não me lembro de ver uma equipe tão “ofensivamente moderna” no futebol brasileiro quanto o atual Atlético. Com um volume de jogo gigantesco e um ritmo insano (Levir costuma sempre usar todas as substituições, a fim de manter a alta intensidade), tem saída de bola a partir da zaga com o ousado Leonardo Silva (que esteve mal na partida, aliás), um primeiro volante organizador como Rafael Carioca (como eu queria vê-lo na Seleção!) e jogadores participativos, agudos e de movimentação na frente. Assim como nos duelos contra o Inter pela Libertadores – quando cometeu erros individuais nas duas partidas – o Galo saiu derrotado, mas se mostrou superior ao adversário, dando a sensação de que só perderá por acidentes e que “na bola” ninguém está podendo com ele no Brasil. A propósito, se coroar o seu incrível trabalho com mais títulos, Levir será o meu brasileiro preferido para assumir o comando da Seleção.
Entre as muitas boas atuações do jogo, destaco, pelo lado corintiano, o sempre seguro Walter, o subestimado Fágner (é um dos melhores laterais-direitos brasileiros e sempre é contestado) e Gil (que não sei o que precisa fazer para estar na Seleção. Talvez ir para o Catar…). Entre os atleticanos, o muito promissor Jemerson, o talentoso e ousado Giovanni Augusto (esse nome definitivamente não ajuda) e, enquanto teve gás, aquele que é, talvez, o melhor jogador da competição: Thiago Ribeiro.
Se vejo o Atlético como o favorito ao título, o Corinthians vem logo atrás. Resta ainda saber como vai reagir o Fluminense com a chegada do genial e imprevisível Ronaldinho Gaúcho, e até onde pode ir a evolução que o excelente Marcelo Oliveira está imprimindo ao Palmeiras. Para por aí a minha lista de candidatos ao troféu.
Ta na briga MSM!!!!!!!!!!!!!!
Concordo em 100% com a avaliação do colunista sobre a partida de ontem. E admito que eu era um dos que tinha (e ainda tenho na verdade, em especial pelo baixo poder de fogo do ataque) pé atrás com esse novo Corinthians pós-Guerrero. Mas o Tite, mais uma vez, vem mostrando a sua competência e coloca, aos poucos, o time nos trilhos. Entendo que uma contratação estilo Barcos ou Jonas colocaria definitivamente o Corinthians como um dos postulantes ao título.
Só não concordo com esse pós Guerrero… Pq o time já era forte em 2012 sem ele, sem contar q 2013 e começo de 2014 ele estava em baixa no CORINTHIANS…
Ele nunk foi assim tão crucial para a equipe.. Tanto é a fomos eliminados pelo guarani com ele titular nas 2 partidas e o time não fez um gol
Venâncio R. A. Ortale, concordo com você! Mesmo sem ele o Corinthians ainda é bem forte! Mas me parece inegável que o elenco carece de um centroavante “ponta firme”, assim como ele era!
O Tite deveria ser o técnico da Seleção Brasileira.
Não vi o jogo, mas o Corinthians me parece pragmático e o Atlético mais desenvolto.
O que num campeonato de pontos corridos acaba favorecendo o primeiro.
Talvez o Corinthians tenha engatado a quinta marcha.
Esse atletico é outro freguês,,,,