Créditos da imagem: Montagem / No Ângulo
E é dada a largada pra valer da Libertadores. Mesmo que a competição mais clássica do continente já esteja em andamento, é na fase de grupos que ela se impõe de fato nas rodas de discussões. Os mata-matas que precedem esse momento da competição possuem mais uma conotação de “seleção final”, já que as grandes equipes de cada país no ano anterior entram somente agora. A edição deste ano está recheadíssima de clubes notáveis. São nada menos que dezesseis campeões almejando repetir o feito, que ergue seu protagonista, seja qual for ele, a um dos momentos mais nobres de sua história.
A tradição que pesa no campeonato deste ano é tamanha que praticamente todos os maiores campeões estarão presentes. Sim: com a exceção do Olimpia -eliminado na Pré-Libertadores pelo Junior Barranquilla- todos os clubes com três ou mais títulos estarão em campo. Isto significa uma imprevisibilidade poucas vezes vista na história. E não é apenas o peso das suas camisas que garante a importância, mas o momento vivido pela maior parte deles – forte.
As casas de apostas alteram a todo instante o seu ranking de chances de título, indicando o equilíbrio histórico. Grêmio e Boca Juniors já dividiram a liderança nos palpites, mas Palmeiras, Corinthians e Santos se misturaram à briga, e River Plate, Cruzeiro e Independiente não ficam muito atrás. Com tanta gente tradicional e forte na competição, como decidir com salvaguarda quem é o favorito para conquistá-la? Não estamos nem falando em viejos baluartes que são capítulos gordos da história e dão estirpe para a edição, como Estudiantes, os uruguaios Peñarol e Nacional, a usina de audiência Flamengo ou mesmo o recente campeão Atlético Nacional da Colômbia.
Entendo que uma equipe que se predispõe a disputar de fato o título atualmente precisa ter mais do que qualidade técnica e dedicação. É necessário experiência prévia e também tarimba de campeão. É preciso que o grupo jogue auto-afirmado, certo de que sabe como conquistar uma taça. De todos os sete vencedores da década atual, desde 2011, seis entraram na competição tendo sido campeões de torneios classificatórios no ano anterior. E só Atlético Mineiro, em 2013, jogou como vice do Brasileirão – no qual foi o time sensação e considerado por muitos o melhor do país àquela altura.
Além disso, equipes que estão em desenvolvimento tático há mais tempo também levam vantagem. Nesse caso a Libertadores passa a não ser usada como laboratório de desenvolvimento, e sim como campo de execução de um sistema pronto. Portanto, aqueles times que já possuem um esqueleto montado desde o ano passado ou anteriores sabem o que fazer desde o início e estão sempre alguns passos à frente.
Neste contexto eu coloco o CRUZEIRO como meu favorito ao título. Pode parecer uma aposta arriscada. Mas é exatamente assim que os grandes retornos aparecem. O time mineiro reúne todos os predicados citados antes e entra sem alarde, o que garante menos mídia e pressão – algo que arruína o sonho de muitos poderosos ano a ano. Estou falando de uma equipe arrumada, que ainda incrementou valor técnico, tático e moral na virada do ano, com a chegada do lateral Edílson (campeão de 2017) e do ponto de referência Fred para preencher algumas raras lacunas que sobraram depois do título da Copa do Brasil do ano passado. E que é comandada por um treinador de ponta. Depois da turbulência demorada vivida pela saída da seleção brasileira, Mano Menezes parece transitar agora no auge da carreira. Tem vasta experiência, grandes campanhas, títulos importantes no currículo e bagagem suficiente para combinar a competência que sempre teve com o comando de grupos de alto nível, como é o do Cruzeiro. E já tem uma história importante na Toca da Raposa: reestruturou equipes falidas para tirá-las do rebaixamento duas vezes seguidas no Brasileiro e concluiu esse resgate atingindo um título nacional. Ouso dizer que o Cruzeiro só não foi o principal perseguidor do Corinthians na reta final do nacional do ano passado porque já tinha um título nas mãos. Se somar a tudo isso a presença de um dos maiores destaques do país na temporada passada, o experiente craque Thiago Neves, os atributos são muitos, o suficiente para que o clube mineiro ultrapasse a condição de coadjuvante de luxo e seja digno de receber maior atenção.
Com favorito ou não para o título, o que parece certo em 2018 é: La Copa não vai cair em novas mãos. Será levantada por algum “veteraníssimo”, que saberá como conduzi-la pela América sem avariar sua tradição. Vamos aos jogos!
Essa Libertadores tá demais mesmo!!!! Só de ter Boca x Palmeiras e River x Flamengo já na fase de grupos, já mostra como tá boa!!!!!!!
Eu concordo que o Cruzeiro é o favorito!!!!!! Time experimentado, técnico malandro, time copeiro!!!!!!!!!! Vai bem mineirinho comendo pelas beiradas até chegar na taça!!!!!!!!!!!!!!
Vai Corinthians. Vamos buscar o bicampeonato invicto.