Créditos da imagem: Reprodução Gazeta Online
Com alguns meses de atraso, o tão desejado camisa 9 se junta a Marinho e chega à Vila Belmiro
Vá lá que Uribe não seja o centroavante dos sonhos do torcedor santista. Mas é inegável que o ex-flamenguista possui números, no mínimo, respeitáveis. Senão vejamos: com 11 anos de carreira profissional, o colombiano anotou quase 200 gols pelos 8 clubes por onde passou (foram 198), o que resulta em uma razoável média de 18 por temporada. Mais: em todos os clubes pelos quais atuou, Fernando Uribe nunca teve média inferior a 1 gol a cada 4 jogos, caso do Flamengo. No Toluca, do México, onde ficou por 4 anos, atingiu ótima média de 1 gol a cada dois jogos, assim como no Once Caldas, da Colômbia. No também colombiano Atlético Nacional, 1 a cada 3 jogos. De maneira que, aos menos nos números, Uribe pode ser considerado um centroavante “cumpridor”, especialmente se conseguir uma sequência de jogos, algo mais factível no Santos do que no estrelado Flamengo.
Sobre Marinho, com exceção da espetacular temporada de 2016, quando, pelo Vitória, foi um dos destaques do Brasileirão (um dos principais criadores de jogadas do time baiano, o maior driblador e o jogador que mais sofreu faltas na competição), a ponto de ter sido eleito para a seleção do torneio, além de, no mesmo ano, ter sido o artilheiro da Copa do Brasil, o insinuante canhoto nunca mais brilhou. A regra, no caso de Marinho, é não dar certo. Em sua defesa, o fato de não ter fincado raízes em clube algum, sempre pulando de galho em galho. A conferir se a estabilidade proporcionada pelos 3 anos de contrato oferecidos pelo Santos resultam em bom futebol. De qualquer forma, trata-se de uma aposta bastante arriscada. O que já vimos de jogadores bons em clubes pequenos que não vingam em clubes grandes é uma grandeza. A maneira de atuação e o nível de cobrança são completamente distintos.
Mas agora tratemos de Sampaoli, o carismático treinador que caiu nas graças da torcida santista. Veja, além de Uribe e Marinho, o argentino “ganhou”, em 2019, os reforços de Everson, Felipe Aguilar, Jorge, Felipe Jonatan, Jobson, Jean Lucas, Cueva e Soteldo para encorpar o seu elenco de jogadores que já contava com Vanderlei, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique, Pituca, Sánchez, Jean Mota, Derliz González, Sasha, entre outros… Ora, atendo-me tão somente à questão futebolística (cansei de bater na tecla da irresponsabilidade financeira), o plantel, ao menos em nível nacional -e mesmo com a saída do ainda “verde” Rodrygo-, está sim bem servido e é chegada a hora de o treinador ou ratificar o seu “sucesso” até aqui ou começar a colocar tudo a perder com invencionices e talvez uma necessidade de ser mais realista do que o rei. Explico: o preparo físico é fundamental na aplicação da ideia de “futebol total” de Sampaoli, de abafa na saída de bola do adversário, mas não deveria servir como escudo para a não formação de um time-base e algumas escalações sem sentido. A partida contra o Palmeiras foi emblemática a esse respeito (leia mais aqui). Como recentemente colocou o amigo André Falavigna, “Sampaoli já fez bons trabalhos, mas nunca sem prescindir da fama de ‘criador’. Ele a alimenta com excentricidades tolas e excentricidades tolas retro-alimentam essa necessidade dele. O problema de Sampaoli é que ele é o típico sujeito (bom sujeito, aliás) que gosta de acreditar no que dizem da personagem que criou pra si”.
O torcedor do Santos, apesar de enamorado, começa a ficar ressabiado.
E segue o jogo.
Para mim não contrataria este cara que preferiu o Flamengo em vez do Santos ao sair do Nacional, não deu certo la e agora aceita vir pra ca? Só espero que o Perez não tenha feito loucura e pagar um salário alto para este reserva
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