Créditos da imagem: Cena do filme A Lista de Schindler
Decisões do treinador na lista final dos jogadores convocados para a Copa podem chamar ou afastar a torcida brasileira pela Seleção
Tite – e não Neymar, Messi ou Suárez – foi o “craque” das Eliminatórias Sul-Americanas.
E se hoje temos um time competitivo que figura entre os favoritos para a conquista do Mundial da Rússia, o crédito maior é dele.
De maneira que soa razoável “dar um voto de confiança” ao melhor treinador do País, correto?
Eu diria que sim.
Mas isso é bastante diferente de um “voto cego”, por assim dizer.
Veja, particularmente duas decisões persistentes de Tite causam estranheza e até antipatia pelo atual escrete canarinho: i) a ausência de Vanderlei, que sequer teve uma chance durante todo o “ciclo da Copa” (detalhe: o santista vem sendo irretocável e atuando no mais alto nível há pelo menos três temporadas) e ii) a presença de Rodrigo Caio, que de tão injustificável, eu nem tratarei muito nestas linhas. A péssima cotação do jogador entre os são-paulinos já diz muito sobre o seu desempenho.
Então, fosse eu o comandante da nossa Seleção e convocaria “de acordo com a massa” (leia-se Vanderlei e Geromel) no mês que vem, quando será divulgada a lista final dos 23 escolhidos.
Não pela pressão ou por falta de convicção. Mas pelo que classifico de “inteligência emocional”.
E no subjetivo futebol, qualquer detalhe – como ir para uma Copa com o apoio popular em alta – pode fazer a diferença.
E segue o jogo.
Se existe uma posição em que o fato de jogar na Europa conta bem menos é o gol. Por motivos óbvios, o goleiro não vai ficar encaixotado na marcação compacta, nem perdido no ritmo mais forte. A justificativa costumava ser a saída de gol, mas hoje se cruza mais bola na área aqui do que lá. Resta a questão de saber jogar com os pés, mas isso só deve ser requisito se o goleiro preenche os principais: falhar pouco e fazer defesas difíceis além da média. Neste contexto, é inexplicável como Vanderlei nunca teve chances, porque de longa data é um goleiro de poucos erros e defesas notáveis. Procurei ter compreensão com as convocações de Allison, inclusive porque vem causando boa impressão na mídia europeia nesta temporada. Mas o que vi na quarta foi muito assustador. Simplesmente não segura uma. Não levaria os três goleiros sugeridos, porque penso que Ederson não teve nenhuma culpa nos gols e vem numa evolução muito boa na carreira. Não foi à toa que chegou ao City. Mas a titularidade dele me pareceria arriscada. Ainda dá umas presepadas até naturais pra idade. Levaria Vanderlei, Jaílson (não é mais “só” uma boa fase) e Ederson.
Assino embaixo! Não dar sequer uma oportunidade ao Vanderlei é uma espécie de postura antidemocrática, dá até a impressão de que “não podemos dar uma chance, senão ele pega”.
Também acho absurdo não dar sequer uma oportunidade ao excepcional Arthur, do Grêmio!
E eu também levaria o Luan.