Créditos da imagem: Miguel Schincariol / Gazeta Press
Por gerações, o Corinthians “corria atrás”. Correu atrás de quebrar o tabu contra o Santos de Pelé, de pôr fim aos 23 anos de jejum, de conquistar seu primeiro título brasileiro, de se firmar como um time de conquistas nacionais, de um título internacional, de ter projeção mundial, de ganhar sua primeira Libertadores, de ser campeão do mundo, de enfim ter a casa própria…
Muitas dessas coisas eram banais para seus poderosos rivais. Mas quando “eliminava a pendência”, o Timão sempre o fazia em grande estilo. E de tanto correr atrás, de repente não percebeu mais nada à sua frente e ficou irreconhecível.
Eu diria que o gol de Guerrero contra o Chelsea tinha sido o último grande momento da mística corintiana. Aquela da superação, de entrar em campo desacreditado e, com o apoio da Fiel e muito sofrimento, conseguir fazer o que parecia impossível. De “malacos” como Paolo Guerrero (que naquela partida provocou David Luiz) e Emerson Sheik sendo xodós da torcida.
Depois disso o Coringão ficou esnobe e “virtuoso”. Tentou ter Alexandre Pato como seu rosto. Foi eliminado de maneira humilhante pelo Atlético e nem se abalou. Em seu “palácio de mármore” passou a protagonizar seguidos vexames em mata-matas. Chegou até ao ponto de ganhar um Campeonato Brasileiro como um “europeu”, mas não como Corinthians.
Apesar de ter sido o melhor time brasileiro dos últimos anos, o campeão brasileiro de 2015 era certinho demais para ser “Curíntia”. Não teve nem sofrimento. Seus destaques foram o exemplar Renato Augusto e o tímido Jadson. Era a cara do metódico e admirável Tite.
E então o alvinegro passou a sofrer seguidos desmanches. Ao mesmo tempo em que o principal rival renascia poderoso, cada vez mais rico e ambicioso, e já pintando o país de verde; que o São Paulo não perdeu a pose e seguiu trazendo medalhões que fazem lotar o Morumbi; e que o Santos manteve a base, mesmo contando com jogadores de Seleção Brasileira.
Outrora no topo do mundo, o Timão ficou insípido. Cheio de desconhecidos e com figuras que transmitem certa malemolência, como Guilherme, ou falta de personalidade, como Marquinhos Gabriel. Até seus técnicos passaram a ser ponderados e monocórdicos, como Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira e – ainda em formação – Fábio Carille.
Isso tudo virou passado no primeiro e histórico Dérbi do Centenário.
Enfrentar o arquirrival milionário, campeão brasileiro e “melhor elenco das Américas”, estando totalmente desacreditado em sua própria casa, e de repente se ver com 10 homens em campo pela maior injustiça imaginável da arbitragem (afinal, não houve sequer margem para engano, puro surrealismo), foi o que precisava para romper a “ditadura do método e disciplina”que imperava há anos no time do Parque São Jorge e despertar a tradicional alma de mosqueteiro. Pelas mãos do fanfarrão Kazim – o “gringo da favela” -, do “grosso” e abnegado Romero e de seis jogadores formados “no terrão”, o imperfeito (e outrora “da balada”) Jô fez o gol mais corintiano desde 2012. Outro daqueles históricos gols solitários do Time do Povo, como de Luizinho, Ruço, Basílio, Tupãzinho, Betão, Guerrero…
Ah? É para eu falar do jogo? Mas isso é o de menos. O que importa é que o Coringão voltou!
PALMEIRAS DE SALTO ALTO NÃO VAI GANHAR NADA EM 2017!
E O EDUARDO BAPTISTA, HEIN?!
ACHO QUE O CUCA REASSUME O TIME JÁ JÁ, PODEM ESCREVER…
Contra tudo e contra todos!!!!!!!
Me marca aqui pra eu ler quando chegar em casa pfvr
Opa, é pra já, Bruno Silva! 😉
Não consegui abrir.
Que estranho, Emerson Emerson, eu testei agora e abriu normalmente. Continua não abrindo?
http://www.noangulo.com.br/a-vitoria-mais-corintiana-desde-o-gol-de-guerrero-contra-o-chelsea/
Agora eu consegui via celular. Era problema no computador da empresa.
Muito bom seu texto. É exatamente este o espírito que fez apaixonados torcedores.
Gabriel Rostey…. a verdade mais nua e crua…
O mais interessante é que não vemos nenhum torcedor do “melhor time das Américas” que tanto cantaram de galo.
Sempre tive a teoria que no Brasil… quanto mais dinheiro time tem é mais se investe… menos se joga
É verdade, fora que fica uma pressão enorme em cima do técnico! Todo mundo dá de barato que o time deveria estar voando (independentemente do quão bom é efetivamente o caro elenco), e se isso não acontece, vai direto para a conta do técnico.
Hoje em dia técnico é boi de piranha… quando dirigente tenta valorizar jogador…
E vamos concordar que não existe raça mais mimimi que jogador de futebol
VAI CURÍNTIAAA!!!! Ontem foi bom demais, ná Gabriel Rostey!?!?
excelente texto Gabriel!! Só se esqueceu de dois gols antológicos, na tua lista: o gol de nariz do Palhinha e o do Basílio – ambos nas finais de 77.
Especialmente o de Basílio, que foi no rebote do rebote. Abração!!
excelente texto Gabriel!! Só se esqueceu de dois gols antológicos, na tua lista: o gol de nariz do Palhinha e o do Basílio – ambos nas finais de 77.
Especialmente o de Basílio, que foi no rebote do rebote. Abração!!
Gabriel parabéns, o Coringão voltou, e os moleques da base precisam dominar este time ainda faltam virar titulares, Léo Santos, Marciel e Pedrinho! Sem esquecer que grandes ídolos como Rivelino, Wlçadimir e Casagrande saíram da base!
O palmeiras acabou
Muito bom, como sempre. Se tivesse sido 3 a 0 não teria o mesmo sabor, para os manus, nem o mesmo sentido, no geral. é por isso que gosto dos estaduais. abss
Excelente! Esse jogo teve “a cara” do Corinthians. E acrescento que antes do erro da arbitragem o Corinthians era melhor, mais bem postado em campo. Agora é ver como ficam os times nas próximas rodadas. O Palmeiras já começa o ano sentindo a pressão de ter que ser o melhor time do Brasil na temporada pelos investimentos feitos e o Corinthians deve ter um pouco mais de paz.
Opa, valeu mesmo, Carlos!
Ótimas lembranças! Certamente tem vários outros… lembrei agora do gol do Romarinho na Bombonera, por exemplo 😉
Abração!
Vou ler agora
Texto muito bom, só não entendi o que as mãos do Karim tem a ver com isso, porque ele já não estava mais em campo…
Agora, cá entre nós, falando como arquirrival: depois daquele absurdo erro do juiz, não tinha cabimento o Palestra faturar em cima dos gambás, né?;-)
Opa, muito obrigado, Nardelli! E as “mãos do Kazim” têm a ver com o que chegou de mais próximo de um “xodozinho” da torcida nos últimos tempos, rs! Mesmo no título brasileiro de 2015 não tinha nenhum.
A “maloqueiridade” dele foi um estandarte! Fora que ele desestabilizou a equipe alviverde com o chapéu que deu no Felipe Melo! 😛
O palmeiras ja virou freguês
O brasileiro de 2015 com o mimimi constante dos adversários tentando desvalorizar o título foi bom demais tbm.
Abri as pernas kkk
Show!
Excelente o seu texto.
Muito obrigado, Tadeu!
Não se empolgue não, o time é muito ruim e deram muita sorte.
“Muito ruim” não é – mesmo. Não é um time brilhante; é medíocre no mínimo. Ficamos acostumados com grandes times desde 2009, 2011 especialmente. Na comparação parece “muito ruim”, um exagero.
SO POSSO DISER UMA COISA NAO GOSTO DA GALINHA DE MACUMBA ODEIO GAMBA E NAO SUPORTO A COR DA CAMISA DESTE TIME E GRAÇAS A DEUS NA MINHA FAMILIA NAO TE MELIANTES FOI O QUE O ALECSANDRO DISSE VAO TER QUE USAR UM CONTROLE REMOTO PARA VER A LIBERTADORES KKKKK
Aí sim. Vai Corinthians