Créditos da imagem: Wagner Meier/LANCE!Press
Maracanã recebendo bom público, mosaico, e a estreia de um dos jogadores mais consagrados nos últimos tempos. Ronaldinho jogou pela primeira vez com a camisa do Fluminense, diante do Grêmio, mas em um posicionamento diferente. Com a ausência de Fred, Enderson tinha duas opções: fazer o óbvio e substituir o capitão por Magno Alves, ou apostar em Ronaldinho como “falso 9”.
O técnico do Tricolor das Laranjeiras optou pela segunda opção buscando viabilizar as aproximações do trio do meio com a velocidade e profundidade que lhe era cabível.
No ataque, Ronaldinho se desloca para o meio e abre espaços. (Foto: Premiere FC / Montagem – Adriano Motta)
Mas o fato é que Enderson optou pela escalação certa, mas errou no posicionamento das peças. A necessidade de “liberar” Ronaldinho da responsabilidade de marcação é óbvia e necessária, mas seria possível fazer isso enquanto o time estivesse sem a bola.
O ideal seria a movimentação de Marcos Júnior na frente, e o camisa 10 do tricolor carioca ditando o ritmo de trás, assim como o Grêmio faz com o revezamento entre Luan, Pedro Rocha e Douglas.
Grêmio diminuindo e apertando a marcação. Douglas isolado. (Foto: Premiere FC / Montagem – Adriano Motta)
Umas das matrizes principais do futebol se baseia no povoamento e controle do meio-campo, adquirindo superioridade numérica no setor. A opção de Enderson não conseguiu proporcionar isso à sua equipe.
Porque a necessidade da bola chegar com qualidade na frente era maior. Somada à inércia dos volantes e à pouca qualidade de passe do trio do meio, o Flu não conseguiu se estabelecer no jogo, e as poucas chances de gol foram nas bolas paradas de Ronaldinho.
Dois meses parado, falta de ritmo de jogo, e posicionamento equivocado. Os primeiros 45 minutos do Gaúcho em sua nova equipe foram truncados, mas de um Fluminense mais contundente e buscando a objetividade diante do Grêmio, que tinha a bola.
A etapa inicial terminou com cinco finalizações do tricolor carioca, contra seis do gaúcho. 43% x 57% na posse de bola.
As duas equipes no 4-2-3-1 no primeiro tempo truncado.
O que todos esperavam era ver um Fluminense sem Ronaldinho no segundo tempo pelas condições físicas em que ele se encontrava.
Entretanto, Enderson manteve o jogador até o fim e viu uma resposta positiva. Muita dedicação na marcação, chegando até a ser punido com um amarelo. Mas o fato é que expulsão do gremista Walace, no início da etapa final, anunciava que o Fluminense viria pra cima do Grêmio.
O técnico da equipe carioca tentou com as mudanças. Wellington Paulista, Magno Alves e Gustavo Scarpa (improvisado na lateral esquerda), deveriam trazer a proposta ofensiva para o Fluminense. Mas, o 4-4-1 gaúcho negou espaços e dificultou.
Ronaldinho foi centralizado e tentou ditar as ações. Pela qualidade, aproveitou um mínimo espaço na defesa adversária, e lançou para Wellington Paulista, em diagonal, escorar para Marcos Júnior marcar o gol da vitória.
Ronaldinho aproveitou o espaço e lançou a bola para Wellington. Note o espaço que Marcos Júnior teve nas costas da defesa gremista. (Foto: Premiere FC / Montagem – Adriano Motta)
Nos números finais: 49% de posse de bola para o Flu, contra 51% do Grêmio; 10 finalizações contra 8.
Segundo tempo com Fluminense no 4-2-3-1 e Grêmio no 4-4-1.
*Estatísticas: Footstats
E -3 no cartola tb -.-
Jogou nada