Quarenta e nove dias após o último jogo do Internacional pela Libertadores, a dúvida que englobava todo o ambiente do primeiro jogo da semifinal era se o Colorado conseguiria resgatar as boas atuações do primeiro semestre. A equipe de Diego Aguirre respondeu em campo.
Por méritos, o time gaúcho só precisou de 10 minutos para abrir dois gols de vantagem da equipe mexicana. Linhas avançadas, pressão no campo do adversário, dinamismo com os pontas e os atacantes móveis do 4-4-2 para abrir espaço e priorizar superioridade numérica no meio campo.
No lance do primeiro gol, cinco jogadores do Inter no campo do Tigres, proporcionando o erro adversário na saída de bola. (Foto: Reprodução SporTV / Montagem – Adriano Motta)
A vantagem extensa com poucos minutos de jogo indicou que uma goleada colorada no Beira-Rio seria iminente. O Tigres, talvez sentindo a falta de ritmo de jogo, só passou do meio campo com a posse de bola após os 15 minutos da primeira etapa. Conseguiu equilibrar o jogo quando o Inter diminuiu naturalmente o ritmo intenso. Mas a partida tomou outro rumo quando Ayala, após cruzamento de Rafael Sóbis, diminuiu o placar e recolocou os mexicanos de volta no páreo.
Porque após sofrer o gol, o Internacional se desestabilizou taticamente e proporcionou espaços em sua defesa, prontamente aproveitados por Gignac e Sóbis nas movimentações pelas costas de Geferson e William, e o bom deslocamento de Damm e Aquino abrindo o corredor para as investidas dos laterais.
Ainda com a pressão, o time brasileiro terminou a frente na posse de bola, com 52% do tempo. Viu o Tigres cometer mais faltas, 13 contra 6. Final de primeiro tempo parelho.
Internacional e Tigres no 4-4-2; absoluto até o sofrer o gol, o Inter aparentemente mostrou desequilíbrio mental para se recolocar no jogo.
A dinâmica do segundo tempo permaneceu semelhante ao final do primeiro tempo até a expulsão de Ayala. O Tigres foi obrigado a se fechar no 4-4-1 e viu os pontas cederem espaço a cada investida ao ataque.
O esperado era que o Inter fosse para o abafa com a superioridade numérica em campo. Mas não foi isso que aconteceu. A variação para o 4-2-3-1 com as entradas de Rafael Moura e Eduardo Sasha não surtiram efeito. Faltava profundidade e objetividade nos ataques colorados. A linha de três no meio ficou praticamente inoperante, e as poucas subidas dos laterais ao ataque não colaboravam.
Inter no 4-2-3-1 e Tigres fechado no 4-4-1.
A vantagem é pequena e perigosa para o Colorado. O Tigres é um time organizado e que tem personalidade. Pode tirar o placar necessário tranquilamente no México. Agora, o importante é a equipe de Diego Aguirre entender que mesmo não encontrando vida fácil em Monterrey, deve entrar em campo priorizando marcar gols…
Estender a vantagem é necessário.
Bela análise!
Como já disse anteriormente, acho que vai dar Tigres no jogo de volta!
E como joga o tal francês!
Não acho que seja pouco ganhar um jogo desse porte. É uma vantagem, sem dúvida. No entanto, pelo futebol praticado, fiquei com o sentimento de que o Tigres é o favorito à classificação no México. Mas é claro que o Inter está mais do que no páreo. Jogão!
Acho que dá Inter.