Créditos da imagem: Mauricio de Souza/Estadão
Meu pai costuma dizer que “se não for para comprar um bom perfume, melhor não comprar”. Vá lá que as tomadas de decisões de um clube de futebol sejam mais complexas do que isso, muitas vezes pautadas pela pressão vinda do próprio clube (dos maus conselhos de alguns conselheiros), dos torcedores e, também, da imprensa. No entanto, a troco de quê o Santos tem contratado veteranos que, ou não conseguem, ou não querem mais grandes feitos esportivos em suas carreiras?
A fim de ser justo com o presidente santista Andrés Rueda, há de se destacar sua importância para estancar a sangria financeira e os desastres administrativos das gestões Modesto, Peres e Rollo, a verdadeira “herança maldita”. Embora não o conheça pessoalmente (tampouco os demais citados), Rueda parece tecnicamente qualificado para tentar reerguer o Santos “fora de campo”, por assim dizer. No entanto, não menos importante destacar quão aquém tem sido sua gestão naquilo que mais interessa ao torcedor: o time de futebol.
De Ariel Holan a Odair Hellmann, passando por Fernando Diniz, Carille e Lisca Doido (!) como treinadores, o Santos teve Newton Drumond e, agora, Paulo Roberto Falcão como diretores executivos. É muita falta de coerência nos projetos pretendidos em um espaço de tempo de dois ou três anos.
E a contratação de jogadores segue a mesma toada. Lucas Lima, a bola da vez, jogou um campeonato inteiro bem pela última vez no primeiro semestre de 2017. Com boa vontade, foi participativo na conquista do Brasileiro pelo Palmeiras em 2018. Lá se vão alguns bons anos…
Pode dar certo? Pode! Mas confiar na exceção é um ótimo caminho para a mediocridade virar regra.