Sampaoli é o grande nome do futebol brasileiro em 2019

Créditos da imagem: Reprodução UOL Esporte

Treinador argentino mudou o patamar do Santos

Penso ser razoável afirmar que Sampaoli já deu certo no futebol brasileiro.

“Mas como?”, diria o outro. “Não era ele o técnico quando o Santos caiu para o apenas razoável Corinthians, no Campeonato Paulista, o pequeno River uruguaio, na Copa Sul-Americana, e o instável Galo na Copa do Brasil?”.

Ao que eu responderia com um sonoro “SIM!”.

Ele perdeu e errou bastante nessas eliminações, especialmente quando se deixou levar pelas invencionices táticas das quais é declaradamente fã. Invencionices estas que devem ser relativizadas, vez que são também por elas que o Santos acabou vencendo algumas partidas que viabilizaram a liderança compartilhada (com o Palmeiras) do vigente Brasileirão.

Além de ser uma atração pelo estilo “acelerado” fora de campo, Sampaoli vinha de uma decepcionante participação na Copa do Mundo pela Argentina -quando comandou ninguém menos do que Lionel Messi- e teve a coragem e a disposição (ou terá sido o mercado que restou?) de retomar a carreira em um grande clube (mas com graves problemas financeiros) do Brasil.

Aliás, o mérito de liderar esse Santos com início arrasador nos pontos corridos só aumenta quando considerados os fatores extra-campo com os quais teve de lidar – refiro-me aos atrasos nos vencimentos dos atletas e a eterna discussão sobre onde o clube deve jogar, se na Vila Belmiro ou no Pacaembu.

Sobre isso, entendo que uma vez ratificada a campanha do Santos (se de fato o time fizer crer nos próximos jogos que lutará pelo título) a vontade declarada do treinador e dos atletas de atuar na Vila deve prevalecer.  A disputa do título, a evidência da marca e o próprio entusiasmo da torcida devem compensar eventual perda financeira via arrecadação com público presente no estádio.

Por fim, como bem comentou nosso colunista Gabriel Rostey, imagine a atratividade do Santos em 2019 se fosse comandado por um Levir Culpi ou um Jair Ventura da vida! Quem, não santista, iria querer assistir a uma partida do Peixe? Com o devido respeito, o clube seria um mero figurante, como são os atualmente inofensivos Vasco e Botafogo…

E segue o jogo.