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Títulos nunca são demais. Não importa de que forma foram conseguidos, todos permanecem sempre na memória do torcedor, seja ele o mais fanático ou o mais cético. Por outro lado, como diriam os sábios, as vitórias emburrecem, e apenas as derrotas são reais formadoras de caráter.
Jamais saberemos se o Corinthians seria campeão mundial se não fosse rebaixado em 2007, por exemplo.
O Palmeiras atual é um exemplo de que títulos nunca são demais, mas escondem defeitos importantes, que uma grande equipe não os pode ter.
A grande invencibilidade do ano passado fez com que o torcedor palmeirense tivesse a impressão de ser a grande equipe nacional. Entretanto, a verdade é que, com um pouco de lucidez, seria possível saber que sua equipe não fez sequer um grande jogo durante todo o returno e que, se se sagrou campeã brasileira, contou mais com o enfraquecimento dos principais rivais (Grêmio sem Arthur, Flamengo sem Vini Jr e Corinthians sem Rodriguinho e Carille) do que com suas próprias qualidades.
Com a virada do ano e os reforços que chegaram, a impressão que se dava era de que o Palmeiras, enfim, dominaria o cenário futebolístico. No entanto, bastou-se apenas quatro meses para perceber que o Verdão terá problemas.
Não por causa da eliminação do Paulista (este é o menor dos problemas), mas sim porque a realidade de seu treinador tem vindo à tona, meses depois de ter assumido o cargo.
Felipão tem se demonstrado um treinador ultrapassado, sem grandes ideias de jogo e incapaz de fazer o elenco alviverde jogar bola de verdade.
E pior, da mesma forma que jogou a culpa do 7 a 1 a um “apagão momentâneo”, também culpa pelo fracasso do Palmeiras o árbitro de vídeo, como se o Palmeiras tivesse realmente sido prejudicado e jogado muito na semifinal.
Vale lembrar que o todo badalado elenco alviverde teve mais de 180 minutos para balançar as redes do São Paulo, mas fracassou miseravelmente, incapaz de fazer uma grande jogada e de corresponder a todo valor investido.
A temporada do Verdão ainda é muito longa e, é claro, muita coisa boa ainda pode vir. Entretanto, é necessário entender que o clube é o único responsável por sua eliminação e que seu vitorioso treinador não tem lá tantos dons quanto parecia ter no final do ano passado.
O Palmeiras foi eliminado com a melhor campanha e sem se vazado pelo rival. Gostem ou não, merecia estar na final.