Créditos da imagem: Gazeta Esportiva
- Salvo pelo impacto da performance de Cristiano Ronaldo na primeira rodada, tivemos quase duas semanas sem matérias remetendo à Bola de Ouro. Que maravilha! Aparentemente, as dificuldades mostradas pelos protagonistas (inclusive o gajo contra o Irã) fizeram o milagre – ainda que por pouco tempo – de lembrar às pessoas que futebol é um esporte coletivo. Do jeito que estava (e pode ficar de novo), era capaz de Neymar perder o prêmio e alguém comentar “poxa, de que adiantou o hexa?”. Prioridades…;
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Outra trégua aconteceu com os críticos de rapina da “ótima geração belga”. Sabem por que existem? Porque há uma leva de “humildes à brasileira” que simplesmente recusa hipóteses de haver talento em outros países. No máximo, abrem exceção aos sul-americanos – numa espécie de boliviarianismo de chuteiras. As boas partidas de Hazard, Mertens e Lukaku (De Bruyne ainda está calibrando o passe) colocaram a malhação – não a novela – em stand by;
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Ao mesmo tempo em que moveram grandes dificuldades às seleções maiores, inclusive derrubando bolões, as retrancas não conseguiram os pontos necessários à classificação. Não puderam dizer, assim, que foram mais eficientes que a seleção peruana, que foi à Rússia jogar bola e evoluir. Este tipo de equipe vale a pena ter numa Copa. Aquele outro, triste maioria entre seleções pequenas, mostra-se um pesadelo anunciado para a futura edição de 48 classificadas;
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Não é exagero apontar a seleção croata como autora da melhor média de performances nas três partidas iniciais, considerando a dificuldade da chave – em que todas as seleções chegaram à rodada final com chances e, afinal, tinha a Argentina como favorita. Isso muito se deve ao trabalho dos meio-campistas Modric e Rakitic. Não apenas dão fluência ao jogo, como marcam muito bem. Rakitic seria – ou é – chamado de volante pelos nossos comentaristas e técnicos desatualizados;
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Não se escondendo nem mesmo em cobrança de pênalti, o gol contra termina a primeira fase como artilheiro destacado;
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O VAR gerou impacto na Copa e na cobertura brasileira. Além da histeria de Galvão Bueno na estreia da seleção, Arnaldo Ribeiro deu uma coletânea de chiliques no Linha de Passe da ESPN. André Rocha foi outro que lamentou o número alto de pênaltis, como se isso fosse um problema. Problema é não marcar ou não corrigir marcações que, no final das contas, ajudaram bastante a pobre média de gols. Ao lado dos gols contra, o VAR formou a dupla Romário e Bebeto da primeira fase;
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Falando em mídia, Cléber Machado mostra que desinformação está longe de ser um atributo exclusivo do locutor principal da emissora. Segundo o locutor, o México entrou classificado na última rodada – da qual se safou por um triz…;
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Pela primeira vez desde 1982, nenhuma seleção africana alcançou as oitavas. Segue distante o sucesso da grande profecia de que, vinte anos depois de 1990, uma equipe do continente conquistaria o mundo. Quiseram se referir à África negra, pois a base da estimativa foi a seleção de Camarões. No lugar da sonhada junção de ginga, força e disciplina, temos visto times com progressiva cintura dura, como a Nigéria. Senegal trouxe algo mais parecido com os tempos da esperança, mas vacilou. Na parte árabe, o Egito chegou prometendo e perdeu todas. Marrocos complicou Espanha e Portugal, mas um gol contra complicou sua sorte desde cedo.
Colaborou Danilo Mironga
Boas considerações, Gustavo Fernandes. Sobre o VAR, acho que já está ficando constrangedor para quem não o defende ou para quem apenas o ataca indiscriminadamente, como se ele fosse inimigo do futebol. Atitude infantil e simplista. Ou jogo de cena mesmo.
Não teve aquele jogador que se destacou muito à frente dos outros. O Modric(Croácia) e o Coutinho(Brasil) foram os dois que tiveram acima da média.
E o Cristiano Ronaldo, Kane, hazard???
Cristiano Ronaldo não esteve acima de sua média.
Ele fez gols e não participou dos jogos, fora isso.
Essa é a média dele há muitos anos.
Kane também nem tocou na bola, fora os gols.
E Hazard vem bem, porém abaixo de Lukaku e DeBruyne, só pra não precisar sair da própria Bélgica.
Modric joga demais! Gosto do jogo da Croácia, não será surpresa se chegar na final.
Concordo inteiramente sobre a Croácia ter tido o melhor desempenho da primeira fase! Uruguai e Bélgica também ganharam as três, mas os uruguaios tiveram muita dificuldade para vencer as duas primeiras, enquanto os belgas pegaram um grupo mais fácil…
Muito bom.