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Andrés Sanchez é uma figura peculiar, sob diversos aspectos, há quem o ame, deixe-o e/ou odeie, mas uma das vezes em que ele orgulha-se ter acertado, com razão, foi a manutenção de Tite após a queda para o, no mínimo, modesto colombiano Tolima. Ele alardeia a quem quiser ouvir que Tite não tem nada de extraordinário e que como ele existem outros bons treinadores. Acredita na manutenção da estrutura e da filosofia de trabalho mais do que em currículos vitoriosos. Tem sua dose de razão, evidente. Mas é óbvio que o treinador da Seleção Brasileira não tem nada de comum. Um time vitorioso é fruto de um conjunto de ingredientes adequados. Há certamente uma boa dose de aleatoriedade, mas não se pode contar apenas com a sorte.
É a crença de Andrés que torna crível a manutenção de Loss, ainda que as vitórias continuem rareando. É a falta de crença de um time como o Palmeiras, que torna a fritura de Roger Machado cada vez mais intensa. A única sensação que transparece de longe é a de que a qualquer momento surgirá Alexandre Mattos, o mago das contratações caras, com a cara e o discurso de sempre dizendo: “Próximo!”. O Palmeiras devia aprender com o Real Madrid (sem o “das Américas” mesmo), que só criou sua supremacia a partir do momento em que entendeu que o conteúdo era mais importante que as grifes, fossem elas quais fossem. Zidane foi um marco ao mostrar que quando se encontra e acredita em um caminho, dá para ser campeão de novo e de novo, sem contratações bombásticas. É o papel dos bons treinadores saber a hora de mudar. Ou não.
Voltando a Tite, porém, estou curioso para saber como o Brasil vai começar 17 de julho. Eu tenho uma preferência: com pontas! Se há algo que caracterizou o futebol brasileiro na sua fase áurea, foram os pontas. Dribladores, atrevidos, velozes – não a volância, ou sequer a “centro-avância”, como brilhantemente cunhou Gustavo Fernandes. O que ainda povoa o imaginário coletivo sobre o que é o “futebol brasileiro”, são essas figuras que não existem mais. Foi assim que o Brasil mostrou ao mundo o 4-2-4 em 58, mais funcional e letal que o húngaro de 4 anos atrás (uma versão mais fluida do W-M). Que virou um 4-3-3, devido à inteligência e ao altruísmo tático de Zagallo, especialmente em 62. Mas 62 não foi a Copa de Garrincha à toa, 62 foi a Copa de um ponta que sabia enlouquecer gregos, troianos, espanhóis, ingleses e quem mais viesse pela frente.
É claro que não dá mais para defender apenas com 5, mas a lesão de Daniel Alves parece ter aberto caminho para Tite colocar William na direita, Coutinho no meio, Neymar cortando da esquerda para o meio, com Marcelo subindo na esquerda. Um time que sabe “quebrar linhas”, ainda que sem a inteligência tática de Fernandinho ou Renato Augusto, mas contra a Suíça dá. É o que espero contra a Croácia também. Não basta o Brasil ganhar essa Copa, para exorcizar os fantasmas de 2014. É preciso jogar, e bem. Bota ponta, Titê!
É isso aí!!!!!!!!!! Tem que botar talento em campo!!!!!! Se entrar com três volantes eu vou torcer contra!!!!!!!!!!!!! Os pontas tão voando!!!!!!!
Pior que foi o que ele fez…
Matheus Aquino ainda bem, mas ainda quero ver ele fazer isso desde o começo das partidas!!!!!!!!!!!!!!!!!
Deu saudades do personagem do Jô Soares e do Zagalo: “Bota ponta Zagalo”. (Um “plágio” bem feito).
Douglas costa tem que ser titular nessa seleção na copa