Créditos da imagem: Montagem/No Ângulo
Pela terceira vez na história, os três grandes clubes da cidade de São Paulo estão disputando simultaneamente a Taça Libertadores da América e é natural pensar numa comparação entre as trajetórias dos três rivais.
Ano a ano, os desempenhos dos integrantes do Trio de Ferro foram:
Ano | Palmeiras | São Paulo | Corinthians |
1961 | vice-campeão | – | – |
1968 | vice-campeão | – | – |
1971 | fase semifinal | – | – |
1972 | – | fase semifinal | – |
1973 | primeira fase | – | – |
1974 | primeira fase | vice-campeão | – |
1977 | – | – | primeira fase |
1979 | primeira fase | – | – |
1982 | – | primeira fase | – |
1987 | – | primeira fase | – |
1991 | – | – | oitavas de finais |
1992 | – | CAMPEÃO | – |
1993 | – | CAMPEÃO | – |
1994 | oitavas de finais | vice-campeão | – |
1995 | quartas de finais | – | – |
1996 | – | – | quartas de finais |
1999 | CAMPEÃO | – | quartas de finais |
2000 | vice-campeão | – | semifinal |
2001 | semifinal | – | – |
2003 | – | – | oitavas de finais |
2004 | – | semifinal | – |
2005 | oitavas de finais | CAMPEÃO | – |
2006 | oitavas de finais | vice-campeão | oitavas de finais |
2007 | – | oitavas de finais | – |
2008 | – | quartas de finais | – |
2009 | quartas de finais | quartas de finais | – |
2010 | – | semifinal | oitavas de finais |
2011 | – | – | fase preliminar |
2012 | – | – | CAMPEÃO |
2013 | oitavas de finais | oitavas de finais | oitavas de finais |
2015 | – | oitavas de finais | oitavas de finais |
A primeira coisa que se pode notar nessa tabela é a presença constante dos três grandes paulistanos: de 1999 até hoje, somente duas edições da Libertadores (2002 e 2014) não tiveram a participação de nenhum dos três rivais. Outro indicador da força do Trio de Ferro é o fato de que 2016 será o nono ano dos últimos dezessete a contar com pelo menos dois rivais participando simultaneamente da Libertadores. Isso significa dizer que, em mais de 50% das vezes, houve mais de um integrante do Trio de Ferro presente da principal competição do continente.
A tabela abaixo sumariza as participações dos três rivais e confirma que, sob o ponto de vista histórico, o melhor retrospecto é, destacadamente, o do São Paulo:
Time | participações | campeão | vice-campeão | semifinal* | quartas de finais | oitavas de finais | primeira fase | fase preliminar |
São Paulo | 16 | 3 | 3 | 3 | 2 | 3 | 2 | – |
Palmeiras | 15 | 1 | 3 | 2 | 2 | 4 | 3 | – |
Corinthians | 12 | 1 | – | 1 | 2 | 6 | 1 | 1 |
* inclui tanto a segunda fase de grupos (1971-1987) quanto a semifinal mata-mata (desde 1988)
A superioridade do histórico são-paulino se dá não só pela simples contagem do número de títulos (três são-paulinos contra apenas um de cada rival) mas também pela distribuição percentual das fases atingidas por cada rival: o São Paulo chegou à semifinal em mais de 50% das Libertadores disputadas (9 em 16), enquanto o Corinthians não conseguiu nem sequer passar das oitavas de finais em 67% das suas participações (8 de 12). Já o Palmeiras, com exceção do título solitário de 1999, tem suas participações distribuídas de forma quase uniforme entre a fase de grupos e o vice-campeonato.
Para os mais supersticiosos, porém, o que mais conta são as comparações mais detalhistas, do tipo “sempre que o meu time e aquele rival disputaram a Libertadores juntos, essa fato aconteceu”. Para analisarmos se há algum “tabu” desse tipo, vamos olhar com lente de aumento os anos em que rivais estiveram juntos na maior competição da América do Sul:
- a) Participações simultâneas de Palmeiras e São Paulo:
Ano | Palmeiras | São Paulo | confrontos |
1974 | primeira fase | vice-campeão | São Paulo 2×0 Palmeiras (primeira fase)
Palmeiras 1×2 São Paulo (primeira fase) |
1994 | oitavas de finais | vice-campeão | Palmeiras 0x0 São Paulo (oitavas)
São Paulo 2×1 Palmeiras (oitavas) |
2005 | oitavas de finais | CAMPEÃO | Palmeiras 0x1 São Paulo (oitavas)
São Paulo 2×0 Palmeiras (oitavas) |
2006 | oitavas de finais | vice-campeão | Palmeiras 1×1 São Paulo (oitavas)
São Paulo 2×1 Palmeiras (oitavas) |
2009 | quartas de finais | quartas de finais | – |
2013 | oitavas de finais | oitavas de finais | – |
Aqui, a vantagem é francamente tricolor:
Jogos disputados | 8 | Edições disputadas | 6 |
Vitórias do São Paulo | 6 | Edições em que o São Paulo chegou mais longe | 4 |
Empates | 2 | Edições em que ambos caíram na mesma fase | 2 |
Vitórias do Palmeiras | 0 | Edições em que o Palmeiras chegou mais longe | 0 |
Gols do São Paulo | 12 | ||
Gols do Palmeiras | 4 |
Nesse confronto há, também, uma “escrita” favorável ao São Paulo: sempre que enfrentou o Palmeiras, o Tricolor chegou à Final da Libertadores! Mas, como consolo para aos alviverdes, em 75% dessas finais (3 de 4), o São Paulo foi derrotado e ficou com o vice-campeonato…
- b) Participações simultâneas de São Paulo e Corinthians:
Ano | São Paulo | Corinthians | confrontos |
2006 | vice-campeão | oitavas de finais | – |
2010 | semifinal | oitavas de finais | – |
2013 | oitavas de finais | oitavas de finais | – |
2015 | oitavas de finais | oitavas de finais | Corinthians 2×0 São Paulo (primeira fase)
São Paulo 2×0 Corinthians (primeira fase) |
Aqui, a vantagem também é tricolor, embora com uma margem mínima. Os rivais empatam na comparação por jogos e o São Paulo ganha na comparação por edições graças a duas participações que, pode-se dizer, já fazem parte de um passado distante:
Jogos disputados | 2 | Edições disputadas | 4 |
Vitórias do São Paulo | 1 | Edições em que o São Paulo chegou mais longe | 2 |
Empates | 0 | Edições em que ambos caíram na mesma fase | 2 |
Vitórias do Corinthians | 1 | Edições em que o Corinthians chegou mais longe | 0 |
Gols do São Paulo | 2 | ||
Gols do Corinthians | 2 |
Nesse confronto, os torcedores mais ávidos em secar e provocar o adversário podem encontrar dois pequenos “tabus”. Por um lado, o torcedor alvinegro pode dizer que o São Paulo nunca venceu uma Taça Libertadores (nem mesmo em 2006, quando o Tricolor era o então Campeão Mundial de Clubes) quando o Corinthians também esteve participando da competição. Por outro lado, o torcedor tricolor pode contar que o Corinthians nunca passou das oitavas de finais (nem mesmo em 2013, quando o Alvinegro era o então Campeão Mundial de Clubes) nos anos em que o São Paulo também esteve presente da Libertadores…
- c) Participações simultâneas de Corinthians e Palmeiras:
Ano | Palmeiras | Corinthians | confrontos |
1999 | CAMPEÃO | quartas de finais | Palmeiras 1×0 Corinthians (primeira fase)
Corinthians 2×1 Palmeiras (primeira fase) Palmeiras 2×0 Corinthians (quartas) Corinthians 2×0 Palmeiras (quartas) |
2000 | vice-campeão | semifinal | Corinthians 4×3 Palmeiras (semifinal)
Palmeiras 3×2 Corinthians (semifinal) |
2006 | oitavas de finais | oitavas de finais | – |
2013 | oitavas de finais | oitavas de finais | – |
Aqui, a vantagem é alviverde, embora novamente com uma margem mínima. Assim como aconteceu entre São Paulo e Corinthians, os rivais empatam na comparação por jogos e o Palmeiras ganha na comparação por edições, graças a duas participações no passado distante:
Jogos disputados | 6 | Edições disputadas | 4 |
Vitórias do Palmeiras | 3 | Edições em que o Palmeiras chegou mais longe | 2 |
Empates | 0 | Edições em que ambos caíram na mesma fase | 2 |
Vitórias do Corinthians | 3 | Edições em que o Corinthians chegou mais longe | 0 |
Gols do Palmeiras | 10 | ||
Gols do Corinthians | 10 |
Nesse confronto, os palmeirenses podem usar o Corinthians para “desforrar” os sãopaulino: assim como o time do Morumbi sempre chegou à final quando enfrentou o Palmeiras, o time do Allianz Parque sempre chegou à final quando cruzou o caminho do Corinthians. Mas, para consolo dos alvinegros (analogamente ao consolo alviverde em relação ao São Paulo), metade dessas finais disputadas pelo Palmeiras resultou em derrota e vice-campeonato…
- d) Participações simultâneas dos três clubes:
Ano | Palmeiras | São Paulo | Corinthians | confrontos |
2006 | oitavas de finais | vice-campeão | oitavas de finais | Pal 1×1 SP (oitavas)
SP 2×1 Pal (oitavas) |
2013 | oitavas de finais | oitavas de finais | oitavas de finais | – |
Aqui, embora a amostra seja pequena (somente dois campeonatos), há uma “tendência” bem visível de os rivais morrerem abraçados nas oitavas de finais. A única exceção é o São Paulo de 2006, vice-campeão após derrotar o Palmeiras no único clássico ocorrido nessas duas edições da Libertadores. Isso nos permitiria formular um pequeno “tabu”, a ser confirmado ou contrariado na edição 2016: sempre que os três rivais paulistas participam simultaneamente da Libertadores, eles são eliminados nas oitavas de finais da competição; a exceção ocorre quando dois desses rivais jogam diretamente entre si e, nesse caso, o vencedor chega até a final.
Em suma, se houver alguma possibilidade de o passado prever o futuro, dois “palpites” podem ser arriscados:
1 – Há uma tendência histórica de o São Paulo ir mais longe (ou no mínimo cair na mesma fase) que Palmeiras e Corinthians;
2 – Há uma tendência histórica de que, se houver um clássico paulista na competição, o seu vencedor chegue bem longe no campeonato (pelo menos até as semifinais, digamos).
É claro que tabus e tendências existem para ser quebrados, como bem mostrou a Alemanha, primeiro ao transformar o Brasil no primeiro “time grande” a perder duas Copas como anfitrião, e depois ao se tornar, depois de 84 anos, a primeira seleção europeia a vencer uma Copa disputada na América.
Além disso, dirá o torcedor mais sensato, essas estatísticas se baseiam em dados históricos que somam épocas diferentes, com times diferentes enfrentando adversários diferentes em realidades diferentes e sob fórmulas de disputas diferentes. E esse torcedor estará correto.
Dirá esse torcedor ainda mais: algumas dessas “escritas” e “tabus” chegam a lembrar aquelas “estatísticas” que certas transmissões de TV adoram descobrir (“o time X nunca venceu o time Y em jogos em que o primeiro gol sai de uma cobrança de escanteio antes dos 15 minutos do 1º tempo”). E, novamente, esse torcedor estará com a razão.
Contudo, estamos falando de uma competição com a importância que a Libertadores tem, temperada por tudo o que a rivalidade entre São Paulo, Palmeiras e Corinthians possui!
Numa situação dessas, qualquer munição para perturbar o torcedor adversário no bate-papo do boteco é mais do que válida! E que vença o melhor, desde que não seja nenhum dos rivais, não é mesmo?
Bons argumentos para aquelas saudáveis (e prazerosas) “discussões de bar”… Afinal, o futebol também é isso! 😉
Só faltou o Santos, que tem o melhor aproveitamento entre os brasileiros!
Santos é um time bem mais copeiro que esses aí, quando vai à Libertadores.
Então ontem o Santos jogo com quem na libertadores?
Isso, unico titulo q vcs ganham e so paulista, qnd vcs ganhavam títulos bons era so qnd o neymar ainda jogava nesse estadio de 11 mil pessoas
Kkkkkkkkkk
Dessa vez o primeiro a vazar vai ser o São Paulo
Palmeiras
Três grandes clubes? O guarani da capital n conta! Kkkk
Ficou nervosinha?
Q os três consigam ir longe. É mto bom para o futebol… E só falo d futebol com pessoas q respeitam meu clube, pq respeito os outros clubes… Torcedores modinhas vão td pra pqp
Muito interessante! O triste é ver que pela primeira vez nenhum deles pode ser apontado como favorito. Se em 2006 São Paulo era o então campeão e o Corinthians tinha nomes badalados como Tévez e Mascherano, e em 2013 o Corinthians era o então campeão das Américas e do Mundo, desta vez os três precisam trabalhar muito para mostrar que podem se credenciar à conquista.
Oi, Paula!Muito legais as duas mate9rias. c9 linda a histf3ria de vcs.Ale9m de um ato de amor, a adoe7e3o chega a ser um ato socmnlaeite response1vel. Tanta criane7a que ne3o pediu para nascer necessitando de um lar e pais que os ame, ne3o e9?Fico grata por vc compartilha a sua experiencia conosco e me possibilitar enxergar a adoe7e3o de uma nova maneira.Bjos,Kelli