“Ah, é Oliveira”

Créditos da imagem: esportes.yahoo

Foi soltando um “Na Vila, é nóis” que David Braz iniciou as comemorações pela conquista do 22º título do Campeonato Paulista do Santos (hoje, atrás apenas do Corinthians, com 27).

E ele tem razão. O Peixe, mesmo dominado pelo admirável Osasco Audax na maior parte das duas partidas finais, fez valer o seu invicto retrospecto nos últimos cinco anos atuando em seu estádio pela competição e venceu por 1×0, com um belo gol do cascudo artilheiro Ricardo Oliveira, após ótima enfiada de Vitor Bueno.

Aliás, aproveito essas linhas para fazer um mea-culpa. Fui um dos críticos da diretoria santista quando ela fez valer o seu direito de segurar o centroavante diante de uma proposta que, a mim, parecia irrecusável. Não era. Como não tenho compromisso com o erro, hoje admito que vejo a situação de outra maneira: demonstrando muito profissionalismo, Ricardo Oliveira fez valer cada centavo “perdido” pela sua não ida para a China.

Além disso, o episódio serviu para o Santos dar o recado para outros eventuais interessados em seus craques (Ricardo Oliveira, Lucas Lima, Gabigol, Thiago Maia, Gustavo Henrique e Zeca estariam sendo “monitorados” mundo afora) de que, na Vila, o buraco é mais embaixo, de que não haverá desmanche do elenco a preço de banana. E é assim que deve ser.

Que o Santos comemore esse merecido título (especialmente Dorival Júnior, que tem se mostrado cada vez mais competente e identificado com o clube) e já comece a pensar no Brasileirão.

Pois se o clube conseguir resistir às investidas da China e da Europa que inevitavelmente surgirão, há um adversário ainda mais implacável a ser enfrentado: a convocação da Seleção Brasileira para a Copa América, que pode tirar Gabigol, Lucas Lima e Ricardo Oliveira por até 9 partidas do Campeonato Brasileiro, e a das Olimpíadas, que pode aumentar a série de Gabriel (nome quase certo também para essa competição) para até 18. Sem falar nas possíveis convocações de Zeca, Gustavo Henrique e Thiago Maia.

Quem pagará a conta?

Estará o Santos fadado a ser um mero coadjuvante no Brasileirão?

E segue o jogo.

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